Existem algums momentos de nossa vida que percebemos que simplesmente para alcançar algo devemos ou abdicar certas coisas ou aderir à outras que não nos agradam. Estou sentindo isso quanto aos legumes.... Maaas o texto de hoje é sobre outra coisa!
A profissão de professor de música muitas vezes parece demasiada repetitiva, é preciso uma dose a mais de paciência. Certa vez quando necessitei fazer terapia eu disse à psicóloga o que cada nova peça (música, partitura, canção) significava para mim. Fiz analogia com os desafios que enfrentamos durante a vida.
Uma música nova significa um mistério a ser desvendado, algo que exigirá de nós muita disciplina por algum tempo. No início vem a fase do reconhecimento das notas, período às vezes árduo até a "memória" ficar na ponta dos dedos. Depois aprender a respeitar os tempos e pausas, e por fim a repetição até a exaustão para que se alcançe a perfeição.
Assim também acontece nas nossas vidas, somos incumbidos de resolver certos assuntos mas para isso temos de conhecê-los, interpretá-los. Diversas vezes queremos abandonar o barco, diversas vezes o esforço parece sem sentido. Mas quando chegamos ao fim do estudo, quando tudo se torna fácil, vem o alívio e a sensação de vitória. O bom sentimento de perceber que somos capazes e que mesmo diante das dificuldades não desistimos; aos trancos e barrancos seguimos em frente.
As coisas aprendidas ali, de certo ficarão conosco para sempre; mas então devemos finalizar o projeto, neste caso a peça musical e passar a aprender uma nova música. Então o trabalho recomeça, assim como Sísifo ao empurrar sua pedra montanha acima.
O fato de termos conseguido uma vez não quer dizer que tornará o próximo desafio mais fácil; cada situação é única. Com o tempo passamos apenas a perceber que assim são todas as coisas importantes na vida. Para se chegar ao destino devemos primeiro percorrer o caminho e para ser bem sucedido, apenas através do trabalho.
Bela comparação. O problema é que a gente às vezes se precipita... acha que já sabe tudo... que tudo é fácil... aí já viu. rsrs
ResponderExcluirbjo
Essa coisa de abandonar o barco é sempre real, Vi. Tem vezes que dá uma vontade louca de abandonar e sumir. Já fiz isso algumas vezes,com empregos que deixei e depois, claro, me arrependi. Todas as vezes que abandonei coisas pelo caminho, me arrependi. não sei se é coincidência, mas é por isso que hj em dia, penso 5 vezes antes de tomar uma atitude...
ResponderExcluirAdorei a reflexão!
Beijos e ótimo início de semana pra ti.
Estou num impasse na minha vida,
ResponderExcluirsem saber se abandono um caminho
ou se continuo por ele. Porque
eu vim parar nesse caminho justamente
por ter abandonado outro. Enfim,
essas decisões são meio complicadas.
Adoro seu blog!
Tanto que te dediquei um selo que
ganhei, se quiser conferir está
no meu post "Sobre o amor", no
segundo PS.
Beijo grande.
Olá! Vim lhe conhecer! Uma vez fiquei esperando uma professora de violino dar aula à uma menininha empolgada em aprender. Mas não demorou muito para que a curiosidade infantil e não a vocação falasse mais alto. Fiquei imaginando como era triste professores sempre "apostarem" em "novas potencialidades". Quantos realmente continuam em frente?! Mesmo que não se tornem "os artistas" o fato de prosseguir já é um contentamento para quem ensina.
ResponderExcluirBeijos
Muito boa a analogia musical... Acho que a sensibilidade em fazer este tipo de reflexão faz parte de amadurecer como ser humano.
ResponderExcluirBeijinho, Vi.
Eu tenho um amigo que é professor de violão e contrabaixo.
ResponderExcluirQuantas vezes já vi este meu amigo desanimado por ter que repetir sempre as mesmas lições, em encontrar falta de empenho de seus alunos.
Agora você me fez refletir: será que estou sendo um mau aluno na vida? Acho que pior do que repetir a lição é abandonar o aprendizado queixando-se de capacidade.
E Deus aumente a paciência de todos os nossos professores.
Eu já fiz aulas de teoria musical e de piano. Pra mim nada é mais difícil do que uma partitura de uma música que você nunca ouviu na vida. É um verdadeiro desafio, tirar melodia de um monte de bolinhas desenhadas em um papel pautado de forma nada convencional. Sempre odiei teoria, mas sempre me senti vitoriosa quando, depois de um certo tempo e muito esforço, conseguia ouvir/sentir a música surgindo através das minhas mãos. Hoje, deixei o piano de lado e sou adepta do violão.
ResponderExcluirQue legal, Érika! É realmente compensador o resultado final, saber que o mérito foi todo nosso, nosso esforço que nos colocou ali, e que vencemos nossos próprios medos e inseguranças.
ResponderExcluirE sim, Everton, que Deus realmente a nossa paciência!!
Beijo à todos