Me peguei pensando sobre esse assunto há alguns dias mas não no sentido de modelos tradicionais ou lares em que os papéis são invertidos ou nos casos de mulheres exercendo as funções de chefe da casa, mas sim identidade criada por cada família, por seus costumes “íntimos”, digamos assim.
Quando terminei o segundo grau, passei no vestibular nas duas universidades em que fiz a prova de vestibular sendo uma delas federal e localizada na capital do meu estado (moro no interior). Lembro-me da indecisão que se abateu sobre mim naquela época, aqui cursaria uma universidade particular mas estaria em casa, na companhia dos meus e tudo mais. Do outro lado estudaria numa universidade federal, na capital (sinais de maiores oportunidades profissionais), mas o preço disso seria morar com a família de minha madrinha.
É claro que eles ficaram felicíssimos com isso, esperando mesmo que eu me mudasse para lá e não me vendo como um peso ou incômodo como poderia ser o caso. Porém me conhecendo como conheço acabei por ficar em minha cidade natal na faculdade particular e claro, no meu lar.
Uma das principais razões que me fizeram optar por permanecer aqui foi esse lance dos modelos. Cada família cria seus costumes, rituais e estes são únicos. Por exemplo, um dia desses me lembrei daquele grupo sueco, ABBA e baixei dois CD’s deles .
Depois ficar até duas e tanto da manhã escutando-os, fui mostrá-lo para meus pais no dia seguinte. Acabou que fomos almoçar todos escutando os tais CD’s. Naquele instante, ri sozinha imaginando o que outra pessoa que não participa do nosso núcleo familiar iria pensar daquela cena, no mínimo estranho, imagino, da mesma forma que todos nós estranhamos quando ao fazer uma simples visita a conhecidos, ou mesmo nos hospedar em seus lares nos deparamos com alguns costumes diferentes dos nossos.
Família é algo muito importante, e cada um de nós é retrato do ambiente construído por eles e quando tivermos nossas próprias (famílias) ou para quem já construiu a sua acaba adquirindo essa responsabilidade e muitas vezes sem perceber cria costumes únicos que serão perpetuados por seus descendentes. Bacana isso, não é? E você e sua família? O que é normal para vocês, mas que provavelmente causariam espanto para outrem? Já parou para pensar nisso e se parou o que mais concluiu? Divida(m) comigo!