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20 março 2011

Puro, confuso e sincero

Minha mãe diz costuma dizer (principalmente em época de catástrofes naturais) que o homem se esquece o quão pequeno é, o quão impotente é diante da grandeza de Deus. E ela não está errada quanto a isso, acho, porque na maior parte do tempo o homem é apenas egoísta (como eu no post anterior), ganancioso e hipócrita. 

Tenho uma tendência a me fechar diante das desgraças que acontecem por aí, entre outros motivos porque isso me faz sofrer, me faz sentir mal justamente por toda a impotência que me cabe. É duro assistir a uma série de coisas erradas acontecendo e no fim apenas concluir que não se pode fazer muito ou praticamente nada.  E nem estou falando do Japão exatamente.

Está claro que daqui não podemos dimensionar de fato o tamanho da tragédia lá e  o tamanho do caos (mesmo que todos se mostrem resignados com a situação). Está nítido também que se aquilo tivesse acontecido aqui tudo seria muito pior por conta de nossa desorganização nata, pela falta de estrutura, pela falta de planejamento e por aí vai... 

Somente hoje é que assisti aquele filme, Tropa de Elite 2. Não vi o primeiro, e também não tenho cultura de filme nacional, até hoje o único que havia gostado foi O Auto da Compadecida. E assim como "O Auto" sempre me faz pensar, o Tropa também o fez. Sabe quando você vê um filme ou lê um livro e a chave do pensamento não desliga, horas e horas depois você ainda está a refletir sobre aquilo? Pois é.

Acho que já comentei aqui o quanto fiquei satisfeita no fim do ano passado quando invadiram o morro do Alemão lá no Rio, que implantaram aquela polícia pacificadora e tudo o mais. A sensação naquele período foi ótima, foi a conclusão de que quando se quer fazer algo, se faz; não há impedimentos. No entanto nunca é tão simples, não é? Por que será que sempre haverá o lado podre na história? Por que sempre haverá o policial corrupto ou mesmo os políticos? Por que será que sempre mesmo correndo o risco de "catástrofes catastróficas", os países continuarão a construir não apenas usinas nucleares, mas também hidrelétricas que acabam com o meio ambiente e seu equilíbrio natural? Por que será que mesmo estando sob morros desmoronando as pessoas insistirão em permanecer em suas casas e esses morros seguirão seu caminho de cair sobre as casas e matar todos seus habitantes? Por que será que sempre haverá pessoas como Kadhafi, Hitler e Mussolini?

Dinheiro? Poder?A pergunta é: justifica? Será que vale mesmo a pena? Quando eu falei das pessoas que permanecem em suas casas com o morro caindo logo atrás... Isso acontece porque elas não têm para onde ir. E por que não tem? Cadê o poder público numa hora dessas para apoiar essas pessoas? A matemática é simples, vejam o espaço dado para aquele casal e o filhinho que faleceram na região serrana do Rio no início deste ano; a TV mostrou até um pedacinho do velório. Mas e quantas outras pessoas não morreram ali? Quantas outras famílias não passaram pela mesma dor e ficou por isso mesmo? E o Tim Lopes? Virou aquele bafafá danado porque ele era jornalista da Globo. E quanto às outras pessoas que são vítimas desse tipo de crime, cidadãos comuns que tem direito a um fim digno tanto quanto ele, mas que não aparecem nem numa notinha do jornal?

Não é revoltante uma situação dessas? Acho que se focasse o pensamento nisso o tempo todo já teria desistido de viver. Numa visão otimista de tudo isso, alguns podem dizer que pensar assim faz alguma diferença; não se curvar ao que é ilícito é um bom começo e que de grão em grão "a galinha enche o papo". Mas será mesmo? Digo, um pouco de bem que fazemos vem um infeliz e desfaz. Será que não há mesmo jeito para essa humanidade? Quer dizer, a mudança parece algo tão simples - se todos decidissem vestir essa camisa. 

Ontem ouvi uma canção linda, do Padre Fábio de Melo, que resume (em minha opinião) o que deveríamos realmente fazer de nossas vidas. É o que estou tentando fazer, é o que acho que todos deveriam fazer, mas claro: nunca será tão simples.

A letra diz:

Sê inteiro em cada parte, em cada fragmento
Da vida que hoje está ao teu redor
Breve, leve, certo se despede este instante
Pra nunca mais pousar em tuas mãos
Tempo foge, escorrendo nos dias que vão
Vai seguindo os trilhos da luz
Não permitas que a vida termine sem que
Extraias dela todo sabor

Deixa que a aventura de ser gente te evolva
Prepara o que serás no que és
Não prenda os teus olhos nos olhares que te acusam
Esquece a voz que te condenou
 (...)
Nunca te aprisiones nos teus medos e receios
Nem sê refém de quem não sabe amar
Não, não te condenes a morrer com teus defeitos
Nem use a expressão não vou mudar
Pois a cada instante é possível crescer
Retirando excessos do ser
Aprimora o teu jeito de ver e de ouvir
E do amor tão perto estarás

Eis que trago noticias do céu
Deus resolveu te fazer vencedor
Ergue os olhos, destranca tua voz
Vem receber novas vestes de luz

      

Tenho feito um exercício interessante ultimamente. Não sei como funciona na sua região a questão de mão e contramão, mas aqui as ruas são alternadas, uma vai e outra vem, ou seja, uma mão e outra contramão. E esses dias a caminho do trabalho tenho trilhado um caminho diferente durante as caminhadas, determinada rua tenho ido pela contramão. É a mesma rua que na volta ando "na mão".  O interessante da experiência é que por mais que seja a mesma rua, mesmas casas e árvores, caminhar por ela no sentido contrário do convencional oferece uma visão totalmente diferente. O que é comum torna-se irreconhecível. O que aprendi com isso é que tudo tem dois lados. Ok, essa é uma constatação óbvia, mas faça um teste do gênero qualquer hora dessas e entenderão o que quero dizer; é espantoso como a maior parte do tempo acreditamos que sabemos de algo, ou que conhecemos bem alguma coisa, mas a uma simples mudança de ângulos nos vemos diante de algo novo novamente.

E para encerrar e mudando completamente de assunto, essa semana recebi um selo muito fofo da Patrícia do Meu infinito particular (Obrigada!!) 



e outro super curioso do Helio Tadeu, desenhadinho.blogspot.com, que achou meu blog a princípio "super feminino". Achei uma fofura já que ninguém havia dito isso. Mas depois ele voltou e me deu outro que se enquadrava melhor, rsrs: "Esse blog faz pensar!". Adorei.



26 outubro 2010

Onde nasce a mudança

Em primeiro lugar quero pedir desculpas aos meus leitores pela ausência tanto aqui quanto nos seus blogs. No momento gostaria de possuir não apenas tempo, mas disposição para ler cada um de vocês e participar da interação maravilhosa que acontece entre nós. Quem sabe depois que eu formar as coisas voltem ao normal? Vamos ver, não é? :)

Bem, a reflexão de hoje já vem se construindo há algum tempo e alcançou seu ápice sábado (22) depois de assistir o filme Wake – Despertar, o que serviu apenas para confirmar minhas suspeitas.

Quantas vezes você já se sentiu vazio? Como se tudo ao seu redor não fizesse mais sentido? Como se sua vida tivesse se tornado uma grande rotina? Acordar (geralmente cansado), ir para o trabalho sem nenhuma disposição para dar o melhor de si, almoçar apenas porque seu corpo necessita, trabalhar mais, ou quem sabe ainda estudar, se perguntar várias vezes ao dia “O que estou fazendo aqui?” ou possuir pensamentos não necessariamente suicidas, mas do tipo “Minha presença ou minha ausência não fazem diferença no ambiente...”? Será que eu sou a única estranha nesse mundo ou todos alguma vez na vida passam por momentos assim?

A minha teoria é que se o indivíduo ainda não passou por um momento desses ainda vai passar! Mas quem já viveu isso alguma vez sabe que assim como em algum momento começou, em algum momento teve ou terá fim. E o meu momento felizmente se foi e desde então tenho buscado entender quando e como isso aconteceu. Não que existam saudades dessa época, mas são passagens tão sutis que fica difícil determinar onde começa e termina cada etapa.

Analisando a vida de antes e a vida de agora percebo que não mudou muita coisa; a rotina é quase a mesma, os problemas que aparecem geralmente são de mesma origem, as dores de cabeça e as coisas que me fazem rir ou chorar também não se distinguem de antigamente. Então o que mudou? O que me faz sorrir agora e ter mais fé na vida? Ao assistir o filme vi que a mudança não foi algo físico, o mundo ao meu redor não mudou, ninguém que eu conheça ganhou na loteria ou algo realmente extraordinário, mas meu ponto de vista mudou.

E no fim das contas tudo se resume a isso: a maneira como você decide encarar as coisas. Se um dia você amanhece de mau humor e põe pra tocar uma música melancólica, acha mesmo que seu astral irá melhorar? Ficar todo o tempo reclamando da vida, da corrupção no Brasil, da fome, da falta de saneamento básico para mais da metade da população, da violência, da desigualdade, da unha encravada no pé... Isso irá resolver o problema? É claro que não! Muitas vezes para as coisas acontecerem temos que nos mover, entrar em ação, correr atrás do prejuízo, e para outras temos apenas que fazer a escolha de como encarar a situação que se apresenta.

Sei que não é simples assim, que não é fácil sentir-se bem humorado depois de levantar atrasado, chutar o dedão no pé da cama, derramar suco na camisa no café da manhã e ao chegar ao trabalho ser demitido. Porém realmente existem duas opções: a primeira é reclamar da vida e lamentar o quanto se é desafortunado, mas também se pode encarar isso como uma oportunidade de buscar um emprego melhor ou finalmente sair daquele ambiente que só trazia frustração.

Tudo nessa vida tem dois lados, acho que é por isso que ninguém está apto a julgar ninguém, e por isso também que podemos escolher enxergar o lado bom ou ruim de todas as coisas. Geralmente tendemos a supervalorizar os problemas pequenos tornando-os gigantescos a ponto de não termos mais condições de lidar com eles, ou ainda acreditar que existem chaves ou receitas para alcançar a felicidade, estipular metas ou raciocínios do gênero “Só serei feliz se possuir isso...”, ou “Isso me fará feliz.” ou ainda “Ele (a) me fará feliz!”... O que aprendi foi o seguinte: não vai ser um bem material ou uma pessoa ou situação que tornará um indivíduo feliz ou bem sucedido ou vice-versa, mas somente sua maneira de agir (principalmente diante das adversidades ) e de encarar as situações é que definirão o bem estar de espírito ou não. No fim das contas, dictum et factum: “Tú te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”.


16 agosto 2010

Um post mal humorado




Se 2009 foi um ano de lamentações, de muito chorar e amolar as pessoas à minha volta com minhas angústias, 2010 tem sido um ano não apenas de renovação, mas também de repensar toda minha vida. Dia desses fui à pizzaria cuja dona me viu nascer e que tem um filho de mesma idade, inteligentíssimo por sinal e faz alguma engenharia na USP.
Então ela me disse: “Vivi, você quando se formar deve ir embora daqui como o meu filho fez. Vá fazer uma pós (graduação) ou um mestrado na mesma faculdade que ele, eu sei que se você estudar muito você consegue. Ficar aqui não te levará pra frente. As pessoas não dão o valor necessário à sua profissão aqui...”.
Claro que dei razão a ela, tudo o que ela me disse é bastante óbvio pra alguém que busca realização profissional e financeira e etc. Mas acho que de fato não me importo tanto assim com isso, e para explicar o porquê darei outro exemplo.
Numa outra ocasião, estava eu e minha mãe a conversar e ela começou a comentar de uma moça que fez – imagine só – a Alfabetização comigo! Ela aos 14 ou 15 anos se não me engano, envolveu-se com um homem mais velho e largou os estudos, se rebelou contra os pais (toda aquela novela mexicana) até conseguir se casar com ele. E ela finalizou dizendo: “Coitadinha, ela acabou com a vida dela!”, disse isso com certo orgulho provavelmente com aquela sensação de minha-filha-é-exatamente-o-oposto.
Mais uma vez por conveniência concordei. Porém cada vez mais tenho discordado das pessoas que partilham dessa opinião. De um tempo pra cá, para a maioria das pessoas é isso que basicamente tem importado. Dinheiro, dinheiro, mate-se de tanto trabalhar, dê adeus à sua vida estudando como um louco; acabe com a sua saúde física e mental, tenha uma estafa, deixe de lado a vida ao ar livre, crie raízes na frente do computador, deixe de estar ao lado de quem você ama, torne-se um sedentário, vire anti-social, viva para estudar e passar num concurso federal, pois só assim você poderá fazer de conta que trabalha ganhando uma boa grana no fim do mês, e por aí vai.
Todos têm apostado suas fichas nisso: riqueza, mas me questiono se todo o esforço vale à pena. Eu não quero ser rica, eu não nunca fui; não preciso disso. Tudo tem girado em torno de tal e que benefício temos tido em troca? O aumento dos casos de doenças psicológicas como o estresse e a depressão? E o que falar do número crescente de pessoas que sofrem infartos, AVCs, distúrbios e etc?
O duro é que esta postura tem se instalado na mente das pessoas, estão esquecendo-se do essencial. É só olhar para o passado, há tempos atrás não tínhamos metade das facilidades de hoje, mas as pessoas tinham uma qualidade de vida muito melhor, não morriam de fome, não precisavam viver em função do trabalho para ter alguns momentos de lazer, sabiam dar valor as coisas simples.
Atualmente isso é que tem me importado. Tenho percebido que os momentos mais felizes da minha vida são aqueles não planejados, aqueles em que não preciso de dinheiro ou um livro debaixo do braço pra estudar.  Sim, correr atrás de um futuro melhor é importante, é necessário. Mas acredito que não devemos abrir mão desses momentos tão preciosos que a vida nos proporciona de graça. E também acho que não há uma receita. Cada um tem que correr atrás daquilo que acredita e não devemos diminuir isso.
Aquela moça que minha mãe chamou de coitada, eu não tenho essa opinião sobre ela. Quando ouço histórias desse tipo procuro ver a pessoa corajosa que existe ali, que não deu ouvidos ao que os outros achavam ser o melhor para ela. Ela seguiu seus instintos, seu coração e hoje em dia são pouquíssimas as pessoas que assumem esse risco, ir atrás do que se quer realmente sem se deixar amedrontar pelos riscos que esse caminho traz.
Na realidade, qualquer caminho escolhido acarreta riscos, mas hoje há essa tendência de diminuir os sentimentos alheios, de colocar o dinheiro, a vida profissional e acadêmica na frente da felicidade pessoal. As pessoas tem se esquecido de que quando estamos satisfeitos conosco, ou com situações à nossa volta temos mais ânimo pra trabalhar, estudar, enfim... E o resultado é muito melhor.
Isso é que tenho me proposto atualmente. E sugiro cada um fazer o mesmo (uma auto-avaliação), verificar o que realmente importa para você, e não o que terceiros dizem ser o melhor. É claro que não estamos sozinhos nesse mundo, não somos auto-suficientes e precisamos sim ouvir opiniões, sugestões, mas no final das contas a Vida é sua e só você é responsável por ela, só você é quem irá vivê-la. Pense nisso, pense nas sementes que tem plantado hoje. Veja se essas sementes lhe trarão frutos satisfatórios ou não. Porque chegará o dia em que não será possível fazer mais nada, apenas contemplar todas as escolhas feitas, seja elas certas ou erradas.  





                                                                                                           

26 julho 2010

Nunca soube se chapinha prestava...

Hoje me apoderei da expressão característica de um blog que A-D-O-R-O, o Nunca Soube se Prestava. Quem nunca passou por lá não perca essa oportunidade, é um blog realmente bacana (e Presta). Mas o que houve é que não pude pensar em expressão melhor pra definir o raciocínio que vem a seguir.

Eu sei. Eu sei que no resto do Brasil estamos no inverno e tudo mais, muita chuva, pessoas desabrigadas, frio, frio, talvez um pouco de neve em São Joaquim, mas aqui, no Norte do Brasil, é verão, siim!! Nesta época aqui no meu estado (TO), as pessoas costumam migrar para as praias – de água doce, é claro – e um fator que facilita bastante tudo isso é que as férias escolares acontecem no mês de julho. Eu não sei dizer a respeito do restante do país, mas tenho conhecimento que em algumas regiões nesta época existe apenas um recesso, e não férias totais como aqui.

Pois bem, mas vamos ao assunto. Quando eu era criança, poderia muito bem ser carinhosamente apelidada de “pata” porque era daquelas meninas que nos acampamentos beira rio era a primeira a entrar n’água e uma das últimas a sair. Pouco importava se às 7:30 ou 8:00 da manhã a água estivesse “congelante”, valia mesmo era poder ficar ali de molho o maior tempo possível. Nesse período ainda não éramos escravas da beleza e não havia aquela aflição para se ter cabelos lisos, brilhosos e esvoaçantes sempre. A situação era precária, ainda mais para pessoas que, como eu foram abençoadas com os cabelos difíceis - para não dizer crespos!

Este final de semana dei um pulinho na praia, coisa que já não fazia há algum tempo – anos, pra ser mais exata. E com a chegada da maturidade, a idéia de ficar o dia todo no dentro da água fazendo curso pra camarão não parece mais uma idéia tão agradável como antes, né? E como eu disse, já fazia algum tempo, então fui na onda das Primas mais atualizadas. Depois de quase morrer de remorso ao gastar mais de R$70,00 numa saída de banho lá fui eu para a simpática praia do Rio Sono. Chegando lá, eis que vem a preocupação: E o meu cabelo??

Neste momento, acho que visualizei uma das novas aflições da mulher brasileira, sim, aquela brasileira que não tem o corpo das propagandas de cerveja, nem os cabelos da propaganda de shampoo: A dúvida começa a tomar de conta, de repente você se percebe pensando no trabalho que deu pra passar a chapinha e no quanto foi caro o seu biquíni, sua saída de banho e toda a viagem para estar ali. Então vem a dúvida cruel: entrar ou não entrar no rio. Estrear o biquíni novo que só Deus sabe quando você usará novamente e mandar os cabelos lisos e esvoaçantes literalmente por água abaixo ou abrir mão de toda a “coisa” da praia pra simplesmente manter a “pose” ou o “charme” e sair bem nas fotos que irão pro Orkut?

Para os que preferem o meio termo, você pode como eu fiz, tomar banho sem mergulhar -cabelos devidamente presos - e assim também acabar com todo o barato que estar numa praia te proporciona! =D Não é uma coisa ingrata? Caramba, manter pelo menos os cabelos legais não é barato e exige sacrifícios não apenas financeiros. Então fiquei pensando até que ponto ainda chegaremos pra ficar bem na foto. Será que podemos culpar a mídia por mostrar nas propagandas mulheres com cabelos que todas pediram a Deus ou a Sta. ou Sra. Erica Feldman que de acordo com a Wikipédia no século XIX já pensava em amansar as madeixas com coisas quentes? Ou será mesmo que devemos é largar de ser trouxas e ficar contentes com o que temos e com quem somos??? O que sei é que este problema começou com uma chapinha... A questão é: onde iremos parar assim?

25 julho 2010

Dictum et Factum

(Dito e Feito). Não costumo usar muito essa expressão, mas ela sempre anda comigo e sempre aparece em momentos oportunos. E hoje cai como uma luva. Eis que chegou o momento das constatações. Sabe quando você "tem certeza" sobre algo e só precisa da confirmação? Refiro-me a situações como ao andar sobre um meio fio e sua mãe dizer: "Desce senão você cairá" e ao desobedecer você cai? Digo, não a respeito do que mãe diz geralmente se cumprir, mas sobre aquelas coisas que por mais que sejamos avisados, só damos como certos após termos provado.

É interessante como em determinado momento de nossas vidas isso passa a fazer mais sentido do que nunca. Não adianta apenas saber, ter consciência do funcionamento de uma coisa ou outra, não há nada como o experimentar a situação! Quem nunca ficou magoado com uma situação ou com alguém e ficou com a sensação de que aquela dor, frustração, ou seja, qual for sentimento ruim nunca fosse passar? É claro que no fundo você sabe/sabia que é tudo uma questão de tempo. Maas, ainda assim esse pensamento racional não bloqueia as sensações depressivas que lhe tomam conta - até isso de fato acontecer.

E o que falar das más companhias? Todos te avisavam, e você até conhece o risco daquilo acontecer, mas só acredita quando mesmo quando essas companhias ferram você. E por aí vai, são centenas de exemplos, términos de relacionamentos, dores musculares (sabe quando você exagera nos exercícios e no dia seguinte não consegue nem andar direito??) e até mesmo sexo, todos dizem que é bom, mas você só vai acreditar quando passar a praticá-lo.

Que é dito e feito quando as suspeitas se realizam não é novidade, mas a grande questão é: por que temos essa mania de São Tomé (tipo "só acredito vendo")? Por que algumas coisas só tem sentido depois de vividas? Por que prática é melhor que teoria?



21 março 2010

Onda vai, onda vem


Antigamente, quando eu tinha tempo sobrando pra assistir TV, ouvir rádio e etc., eu gostava de dar opinião sobre tudo por estar sempre mais ou menos informada. Mas a vida adulta me chama (rs), e por esse motivo meu tempo diante da televisão reduziu muito - rádio eu não ouço mais. E o único momento que tenho é das 17:30 às 18:40 aproximadamente, período de intervalo entre meu emprego e a faculdade.

E justo nesse período é exibido a novela das 6 e Malhação(!!!!). Tudo bem, sei que já passei da idade disso, que assistir uma temporada é suficiente por dez anos porque o roteiro não muda. Mas por outro lado, podemos enxergar as coisas de maneira mais crítica.

E o que tem me chamado atenção nessa nova temporada (de Malhação) é o apelo desesperado para as coisas que fizeram sucesso a anos atrás. Está certo isso é que nem Moda, de repente calça de cós alto começou a fazer um tremendo sucesso como se fosse a descoberta do século. Mas é deprimente o que essas novas bandinhas tem feito com os "grandes clássicos" dos anos 80 e 90 (eu acho).

Dando um olhadinha lá na Wikipédia, tem um pedacinho que diz quais são as faixas do último Cd Nacional da série e vejam que encontrei 'Rádio Pirata' do RPM, 'Meu erro',dos Paralamas do Sucesso, 'Lanterna dos Afogados', 'Ciúme', 'Sonífera Ilha', 'A fórmula do amor', 'Serão extra', e o que dizer do 'Só você' que o Fiuk  regravou estragou??

Tem outras lá mas não sei dizer se são regravações ou não e também não fui conferir, né pessoal?  Mudanças sempre são bem vindas -embora eu não às aprecie muito- quando teoricamente são para melhor. Mas o que vejo são apenas pessoas que esqueceram de sair da adolescência e cortam seus cabelos de modo ridículo, enfeitam a voz até não poder mais, põe uma roupinhas escronchas e super coloridas (várias delas imitando aquelas dos anos 80 que eu via nos filmes da Sessão da Tarde quando era criança) e a garotada assiste a tudo isso (se) achando o  máximo. Toda essa preocupação externa, mas ainda assim faltando o principal: conteúdo.

O que me preocupa na coisa toda é o futuro. A maioria desses adolescentes parecem acreditar que essa fase durará a vida inteira, e que seus papais também estarão por ali. É difícil imaginar essa sociedade em crescimento como um grupo de adultos responsáveis e coesos.

Eu sinceramente gostaria que os tempos voltassem a ser como na época que minha mãe conta, havia limites e mesmo assim as pessoas eram mais felizes e saudaveis. Mas atualmente isso parece improvável, porque os interesses são outros. Quem possui o poder de influenciar as massas não está interessado em pessoas felizes e saudáveis, mas sim no que podem faturar sobre elas.

Eu defendo o equilíbrio em nossa vida. Devemos experimentar um pouco de tudo, até de cultura inútil, mas a partir do momento que isso passa a ser o 'certo', vejo que temos de rever alguns conceitos. Há uns três anos atrás eu acreditava que aqueles tempos de rigidez excessiva pudesse voltar - adolescentes de hoje (ou amanhã) que tentariam impor aos seus filhos o limite que não receberam- mas acho que já está na hora de eu procurar novas teorias sobre o futuro...

09 fevereiro 2010

Eu e meus devaneios...



Hoje dando aula, minha aluna que tem mania de me tratar como uma criancinha apertou minhas bochechas e disse com aquela voz que fazemos quando falamos com bebês:

__Hummm!!(apertando as bochechas), parece uma mocinhaaa! (rsrs)
Então eu disse à ela:
__Mas eu sou uma mocinha....
Ela então fingindo espanto e olhando bem em meus olhos disse:
__Nããão Tia, você não é uma mocinha... Você é uma Mulher.

Conclusões alcançadas com o fato:
As fases de nossa vida passam de maneira sutil, nos lembramos de nossa infância, adolescência, juventude, fase adulta e tudo o mais. Porém não conseguimos encontrar o ponto de passagem de uma fase pra outra. As coisas simplesmente se desenrolam dessa maneria, quando percebemos aquela outra fase já é passado.

Mas vez ou outra você se depara com algo como essa história que acabei de contar; nos damos conta de que estamos no meio desse processo de transição. Somos inundados por um excitação diante do que está por vir, mas junto também vem o Medo, esse companheiro que nunca me larga.

Mais uma fase da vida, correto? Mas diga-me, você já passou por momentos assim, houve algo marcante nesse momento de transição, independende de que fase foi?

31 janeiro 2010

Você já praticou o perdão hoje, ontem ou alguma vez na sua vida?

Cá estou hoje perguntando a respeito do perdão, mas não apenas aquele perdão como um simples pedido de desculpas quando você pisa no pé do seu amigo, estou falando do verdadeiro perdão, aquele que nos faz relevar coisas difíceis de digerir.

É que isso aconteceu comigo este domingo. Eu fui ofendida, acusada de algo que não cometi e não foi muito legal. A verdade é que eu parecia uma barata tonta, porque eu não estava entendendo exatamente do que eu estava sendo acusada, meus olhos queriam se encher d'água, minhas pernas falharam naquele momento e imagino o quanto a outra pessoa ficou desconcertada no alto de sua ira ao perceber que eu não tinha feito nada daquilo que ele imaginara.

Ele me pediu desculpas desconcertado e se retirou.E como sempre acontece comigo, quando chega a calmaria é que percebo a tempestade,  só então as lágrimas começaram a rolar e eu quis - como sempre quando isso acontece - ir embora, deixar de mão o que eu tinha ido fazer ali, mas por algum motido dessa vez eu não só quis como engoli o choro, e tentei levar ao pé da letra as desculpas que eu tinha aceitado. E adivinhem... Foi TÃO bom!!

Sério! A sensação é meio esquisita no começo, mas depois você se acostuma, e você se sente muito bem por isso. Bem, todos sabemos que guardar rancor não melhora as situações formadas, não resolve e nem faz de nós pessoas melhores. No entanto essa não é uma tarefa fácil, na realidade são poucas as vezes que conseguimos perdoar de verdade quando alguém nos machuca, intencionalmente ou não. Mas de vez em quando isso acontece.

Acretido que nós deveríamos praticar isso mais vezes, e por mais que pareça clichê, rs, o mundo até poderia ser um lugar melhor em função disso!!  Às vezes quando alguém tem algum ente querido morto brutalmente e você assiste na TV o parente perdoando o criminoso, sei que tem muita gente que pensa "Ele (a) está de brincadeira...", porque não estamos acostumados com isso. Se não fosse assim, por que aquela expressão do Código de Hamurabi é famosa até hoje?Lembram-se? "Olho por olho, dente por dente"...

Crescemos aprendendo que quando somos ofendidos, quando tiram algo importante de nós, quando nos fazem mal de maneira geral devemos retribuir com mesma moeda. Mas o que acontece ao agirmos assim é que se portar como o "inimigo" não nos faz sentir nem sermos melhores. Por isso que tal tentarmos praticar de agora em diante o perdão? 

Buscando uma imagenzinha legal no Google pra ilustrar este post encontrei isso:
 
Que [me] faz refletir, não faz?


23 janeiro 2010

Eu disse que não ia durar muito...

"Não existe certeza quando se trata de sonhos. Alguns se realizam porém outros tantos morrem. Quando isso ocorre, é quando alguns se perguntam para que continuar sonhando." (Retirado do episódio número 14 da primeira temporada de Everwood).

Pois é, aqui estou eu mais uma vez - parecendo um CD ralado que ficou tocando só um pedaço da música, sem seguir adiante e nem retornar. É que esses dias tenho andado inquieta e não tenho conseguido ordenar os pensamentos, o que não é bom. Então estava assistindo a esse seriado quando ele encerrou com essa frase, o que trouxe à tona essas coisas que tenho sentido, ou melhor, esses questionamentos que tenho levantado.

Dei uma passadinha na Wikipédia, pra pesquisar a origem da tão famosa expressão Carpe Diem. Aproveitar o dia, "colher o instante, sem confiar no amanhã", como diz lá, porém cada vez que penso nela (a expressão), mais vêm à consciência o quanto é difícil praticar isso de verdade. Tudo o que fazemos, o que pensamos, geralmente é depositando total confiança no amanhã. Nos últimos dias, eu tenho tentado exercitar o não-pensar-no-amanhã, e foi muito estranho, porque eu notei que grande parte do meu tempo, perco pensando no futuro!

Mas de que adianta pensar, planejar? Talvez projetos até se tornem concretos depois de muito esforço, mas sonhos.... A maioria deles vira alguma coisa, mas nunca como imaginamos.. Mas se é assim, POR QUE ainda insistimos em sonhar?

18 janeiro 2010

O Grande Irmão e a política do Pão e Circo

Embora o livro '1984' ainda não tenha caído em minhas mãos, já ouvi falar de sua histórinha, e do trocadilho feito pelos criadores do - em minha opinião - maior programa do 'gênero' Pão e Circo do Brasil. Claro que estou falando do Big Brother Brasil, e de todos os outros programas do gênero, se a carapuça servir - e arrisco a dizer que serve.

É lastimável, a cada outubro ou agosto que chega, vê-los trazendo consigo aqueles comerciais anunciando que as inscrições estão abertas para mais uma leva de babaquice a ser exibida. E o mais chato da história, é que centenas de pessoas se inscrevem. Pessoas que contam as horas para a exibição de mais uma edição do programa. Elas adoram, se deliciam e ainda acham o máximo aparecer naquelas tomadas da Rede Globo e dizer quem é o preferido na Casa.

Que vida real há aí? As pessoas que estão lá não entram por acaso,  a maioria faz o tipo símbolo sexual, apenas como mais uma distração para as pessoas que não tem nada melhor para fazer depois que acaba a novela das 9. É bizarro como a sociedade se apóia nisso e acompanha vidrada a tudo o que acontece, como não têm consciência da inutilidade pública que consiste um programa assim ou se têm, não considera importante.

Só para efeito de levantamento de dados, enquanto escrevia esse texto fiz uma pesquisa no Orkut e verifiquei que a comunidade 'Big Brother Brasil 10' já conta com 1.117.740 (um milhão cento e dezessete mil setecentos e quarenta) participantes, ou seja, mais de um milhão de pessoas empenhadas em discutir as idiotices exibidas no programa. Eu tenho meu ladinho psicóloga de analisar o comportamento humano, mas assistir BBB, ou A fazenda já é demais para minha pessoa.

E provavelmente os dignos de estudo não são aqueles que estão dentro da(s) casa(s), mas os que estão fora. É terrível perceber que os grandes veículos de informação nacional têm como objetivo maior transformar essa nação num povo desprovido de raciocínio e/ou inteligência. Outra maneira de evidenciar isso é que os programas mais interessantes transmitidos em TV aberta são exibidos muito tarde. De outra maneira, para se ter acesso a entretenimento de qualidade e em horários convencionais, apenas pagando por isso. 

Nessas horas é perceptível como a História se repete! Como teoricamente evoluímos, mas no fim das contas o lado negro do ser humano - aquele dos que têm sede de dominar as massas - sempre está em algum canto apenas esperando uma oportunidade para se mostrar. Aconteceu há centenas de anos atrás na Roma antiga, aconteceu, de acordo com meu ponto de vista na Idade Média com a caça às bruxas, e acontece hoje através dos programas de TV, rádio e até mesmo através da Internet.

Infelizmente quadros assim não mudam de uma hora para outra, e a solução provavelmente viria pelas mãos da educação. Mas a educação aqui, assim como a programação dos meios de comunicação anda precária e tende a piorar ainda mais. O que fazer para nos salvar desse fenômeno tão desagradável? Como proteger a sociedade que hoje engatinha, mas que comandarão o amanhã?

12 janeiro 2010

Dura realidade

No livro Pequeno Tratado das Grandes Virtudes, o filósofo André Comte-Sponville diz o seguinte:

"A virtude ocorre, assim, no cruzamento da hominização (como fato biológico) e da humanização (como exigência cultural); é nossa maneira de ser e de agir humanamente, isto é (já que a humanidade, nesse sentido, é um valor), nossa capacidade de agir bem."
 Me chamou atenção essa afirmação porque nunca havia parado para pensar por esse lado - apesar de já ter assistido Tarzan - que nós somos resultado da combinação desses dois fatores.

Eu começei este post com essa citação, em função de uma dúvida que tem assolado minha mente já tem um tempo. Já foi citado aqui  sobre aquele polêmico - ao  menos para mim - seriado True Blood, de como ele resgata o lado animalesco do ser humano e tudo mais. E pensando nisso comecei a questionar sobre qual vantagem há em conhecer o mundo como ele é? Podemos nos tornar pessoas melhores por conhecer de perto as mazelas do mundo? Observando as barbáries que o homem comete faz de nós seres humanos mais fortes ou justos ou íntegros?

Os noticiários hoje viraram nota de falecimento ou de tragédias por todo o mundo. A coisa chegou a tal ponto que trinta pessoas perderem a vida de uma vez é algo comum. Como pode ser comum algo assim?
A verdade é que a maior parte do tempo não nos damos conta disso. Um exercício para tentar entender isso seria imaginarmos que trinta entes queridos morressem de uma vez. Doloroso, não? Quer dizer, é algo tão surreal, que mesmo tentando imaginar situação parecida, não conseguimos entender a gravidade da coisa toda.

Eu não quero defender uma visão restrita sobre o mundo atual, pelo contrário, o senso crítico deve ser sempre praticado, no entanto, vamos combinar, assistir um Jornal Nacional por semana talvez seja suficiente, já que as notícias são sempre de mesmo caráter. No post anterior, não sei daqueles que comentaram - ou não - quantos acessaram a palavra linkada 'virtudes'. Na realidade era um link do Jornal Hoje contando a história de um garotinho que virou notícia após entregar ao dono uma bolsa que havia sido perdida. A manchete diz o seguinte: "Menino devolve bolsa e dá exemplo de cidadania". E daí, você pensa: desde quando um "exemplo de cidadania" e honestidade tem que virar notícia? Isso é algo que deveria ser natural a todos, assim como hoje é natural as notícias de sequestro, roubo, atentados e assassinatos.



Concordo que precisamos sim de uns 'sacodes' de vez em quando. Para percebermos e levantar as mãos pro Céu e agradecer a vida que temos, e não apenas isso, mas sair do sofá e ir atrás de ações que estão ao nosso alcance e que irão ajudar um próximo que se encontra em situação pior que a nossa.
Eu acredito que as más notícias devam nos inspirar a praticar ações contrárias a isso, e não gerar um comodismo diante dessas situações, como vem ocorrendo.E você, como encara essa situação?

07 janeiro 2010

Sobre frases prontas :)

Bem, esses dias tenho andado com muito bom humor, mas o meu questionamento principal refere-se à quanto tempo isso irá durar, e isso me fez voltar o pensamento para algumas frases prontas - três na verdade (!):
  • "O importante é a qualidade e não a quantidade."
  • "O importante não é vencer e sim competir."
  • "O bem sempre vence no final."
Alguém se opõe a qualquer uma dessas afirmações? Eu imagino que não.
Mas a questão aqui não é o quanto acreditamos nessas verdades, mas sim a nossa capacidade de aceitá-las numa boa. Vejam o que encontrei na Wikipédia:


Vocês se lembram como eu da decepção que ele ficou na época? Não só ele, mas todos que estavam confiantes na vitória?
Há certos tipos  de coisas que é muito fácil falar - principalmente para os outros - mas que quando  não saem da maneira esperada, causam 'feridas' em nossa memória, auto-estima e segurança.
E o que dizer então da primeira frase, 'o importante é a qualidade e não a quantidade'?! Estava eu visitando um blog - taste it, eu acho - quando vi a singela imagem:




E então me lembrei de quando criei esta página, com mil idéias, imaginando como seria todos os meus amigos lendo e comentando isso aqui - todo mundo imagina isso, não é verdade? - , o que não aconteceu. O que houve é que eu parecia uma histérica a cada novo post, implorando a eles com e-mails ou mensagens instantâneas para que comentassem as besteira que eu escrevia. E mesmo assim não adiantava!!

Mais uma vez a questão, é muito fácil dizer que o importante é a qualidade dos comentários e não a quantidade. Só que simplesmente quando você posta alguma coisa e ninguém comenta nada pra sinalizar que leu rende uma depressãozinha, não rende? Hoje eu já consigo conviver -muito bem- com isso, diga-se de passagem, mas no princípio não era assim.

E para encerrar as frases prontas: 'O bem sempre vence no final.' Mas aquele que nunca se cansou de ser bonzinho - pra não dizer otário - "que atire a primeira pedra". Diversas vezes nos vemos em situações em que decidimos fazer ou dar o melhor de nós, tentamos ser honestos, justos, sinceros e diversas na maioria das vezes somos taxados de ridículos ou coisa pior.

Sabe, ser bom ou não é algo muito pessoal. Se sempre vence no final, alguns dirão que sim e outros que não, mas seria ótimo se todos praticassem bondade no dia a dia. Bondade e outras virtudes mais.
Sei que viajei um bocado só com essas frases, mas o barato é justamente isso. Mas e você, o que acha de tudo isso, e mais importante, como lida com as frases prontas que vez ou outra apontam no horizonte? :)

* Agradecimentos especiais à minha amiga Kadilza que finalmente conseguiu definir o meu blog: Livre!

26 dezembro 2009

Apontamentos sobre o Natal



E eis que chegamos a mais um final de ano, e com ele, (como sempre) vem o período de festas. Já tem um tempo que tenho observado que minha família não comemora o Natal como eu costumo ver na Tv.  A nossa ceia é uma festa. Claro, existe aquela confraternização, mas depois de um tempo as pessoas vão dançar, cantar, mas tudo isso esquecendo do verdadeiro significado desta data tão especial.

Tudo bem que isso foi uma data estipulada por alguém, que os comerciantes se aproveitam para poder vender mais os seus produtos, e que ninguém estava lá para atestar que Jesus nasceu mesmo no dia 25. No entanto deveria haver mais respeito por esse simbólico momento, deveria haver maiores reflexões... Deveriam, como eu já disse em um post anterior, perceber que tempo para ser gentil, amoroso, caridoso, e respeitoso com o próximo não se deve marcar no calendário. Esse é o tipo da coisa que devemos praticar o ano inteiro, a vida inteira!





Esse ano foi bem diferente do costume, eu tenho tentado me socializar mais e foi por isso que deixei de assistir a Missa do Galo com meu avô para aceitar o convite de minha prima para ir à uma festa de aniversário (no dia de Natal). Saí de lá com um curioso comentário/conselho de meu pai, ele me chamou de lado e disse: “Lembre-se, galinha que acompanha pato morre afogado!” e desejou-me boa noite.

Lá fui eu para a tal festa! Cheguei lá e encontrei uma  mini boate instalada e ela e seus amigos começaram a dançar, - a ‘galinha’ aqui é tão empacada quanto um burro, logo, ficou sentadinha num sofá apenas tirando fotos da galera e pensando na vida - um repertório que é melhor nem comentar.


E de repente vendo aqueles jovens dançando e rebolando naquela sala, com as luzes piscando a ponto de deixar qualquer um tonto, eu me lembrei: É noite de Natal! - E olha só o que eles estão fazendo!! Não que esteja certo ou errado, quem sou eu para julgar alguma coisa. E tudo bem, é o nascimento de Jesus, temos mesmo que comemorar.... Mas tenho certeza que ao dançar aqueles funks horrorosos, ninguém estava se lembrando disso.

E dessa vez foi isso que me entristeceu. Me entristeceu porque é mais uma coisa que está perdendo o seu sentido ou a sua essência na sociedade. Todos estão reunidos porém não sabem por que vieram, por que  de fato estão ali.  E com o tempo tudo isso vai se perdendo. E a pergunta que não quer cessar: quem vai impedir isso? O que podemos fazer para que algo tão lindo não caia no esquecimento?

No meio daquelas músicas - que passam longe do meu computador ou do meu player portátil - eu fiquei imaginando se algum dia eu constituirei uma família e serei capaz de realizar uma ceia respeitando o que deveria ser na realidade, ir à missa e depois um jantar não apenas de confraternização, mas de respeito e louvor a Cristo....






18 dezembro 2009

E por falar em marketing...


Há algum tempo tenho pensado a respeito da pirataria, internet, enfim. E esta semana fui forçada a pensar ainda mais no assunto quando minha mãe precisou comprar um cd para dar de presente e não achou nenhum lugar em toda a cidade que vendesse cd's originais. E o mais irônico de tudo foi chegar na entrada da antiga loja de cd's e ver na calçada vários cd's e dvd's piratas à venda.Realmente a concorrência é desleal, principalmente em cidades pequenas como a que eu vivo; e as pessoas interessadas em cd's e dvd's originais fazem suas compras pela internet na maioria das vezes.

Até antes desse acontecimento,eu estava pensando em como os artistas iriam se manter depois disso e a resposta veio sem eu perguntar: eles viverão de apresentações, suponho. Aparentemente essa é a única maneira de lucrar um pouco (- alguém aí: mais alguma idéia??). Já as gravadoras, continuarão com o trabalho de lançar os artistas e os produtos no mercado, mesmo que essa mercadoria seja no fim das contas APENAS o artista.Em outras palavras, somente Marketing.


E por falar em marketing...Aquele do tipo viral não faz mal a ninguém, não é verdade?
Semanas atrás descobri totalmente por acaso um grupo chamado 4 Cantos e adorei o trabalho deles. Para quem gosta de folk ou músicas com letra e melodia, vale a pena dar uma conferida. Ótimo trabalho que eles fazem. :)
Para começar, ouça: Mesmo Lugar

31 outubro 2009


Olá! (se é que existe alguém do outro lado...) Essa semana que passou foi enriquecedora, digamos assim... Na segunda-feira participei de um rally forçado para fugir de uma blitz na volta da faculdade, na quarta dei uma de rebelde com o objetivo de boicotar o teste do professor de Redes de Computadores I, quinta foi a formatura do meu pai e aniversário do meu ex, sexta trabalhei até mais tarde achando que não haveria aula na faculdade, e adivinhem só: houve aula na faculdade mas não houve blitz IoI .

Antes disso na mesma sexta-feira, na volta pra casa (do trabalho para casa) venci mais uma neura... passei em frente à casa que meu ex. morava há cerca de dez meses atrás quando foi passar o natal com a família e não retornou, nem para terminar comigo de maneira decente. Bem, levando em consideração que foram quase dez meses evitando aquela rua e aquele lado da calçada, considero isso um avanço, assim como estou realmente feliz por ter boicotado a lista de exercícios que o professor provavelmente está esperando que mandemos para o seu e-mail.

Estou decidida a lhe dizer que de agora em diante só respondo exercícios ou faço testes se ele explicar o conteúdo antes (coisa que não aconteceu durante todo o semestre). Se esse singelo pedido não funcionar, serei obrigada a me dirigir até o coordenador do curso. E se isso também não funcionar... eles terão uma menina muito furiosa que não medirá esforços para conseguir o que quer.


Essa semana também dediquei menos do meu precioso tempo ao MSN e ao Orkut e investi essas horas na minha adorável e irresistível cama! Estou lotando meu HD com filmes e séries, que como disse anteriormente fazia muuito tempo que não os assistia. E nesta madrugada de sábado para domingo, lá fui eu assistir o filme descobri quando li o anúncio de lançamentos da semana na página do Hotmail algum tempo atrás. Sério, poucas sinopses me deixaram tão curiosas quanto a desse filme.


Bem, estou falando do filme 'Uma prova de Amor' (My sister's keeper) -sinceramente, quem decide o nome dos filmes em português deveria ser afastado do cargo...- mas não é sobre isso que quero falar. Certo! Talvez eu não entenda nada de cinema mesmo, mas é um filme lindo e muito comovente. Ele conta a história de uma menina que entra na justiça contra os pais para ter direito a emancipação. Ela foi concebida através de uma combinação genética com o objetivo de salvar a vida de sua irmã, que sofria de leucemia.

My sister's keeper é um convite à reflexão e às lágrimas; mais uma forma de nos mostrar que
no final das contas, tudo o que buscamos é o amor, e que só o amor basta.



14 setembro 2009

Choque de Realidade (?)


E veja como é a curiosidade:


Meu amigo disse: "Estou assistindo uma série, mas acho que você não vai gostar... É muito forte, muitas cenas de sexo, muito chocante..."

E eu fiquei me perguntando o porquê da certeza dele de que eu não iria gostar do tal seriado... Pra matar a dúvida, no fim de semana eu criei coragem e fui assistir...


Não é que tenha cenas de sexo muito fortes, só é praticamente pornográfico! :O


Porém o mais embaraçoso não é isso, a questão é que, por mais que sejam situações fictícias (bem fictícias já que existem vampiros na história), isso não está muito distante da realidade do mundo hoje.


A meu ver, houve uma grande distorção de valores. Antes se reclamava porque tudo era rígido demais, e nas décadas seguintes, as pessoas foram afrouxando os limites e hoje o mundo virou de ponta cabeça. O que antes era certo, ficou 'careta' e caminha para o status de errado. O que era errado se tornou aceitável, e por esse motivo ver alguém se drogando ou prostituindo não é mais motivo de espanto para as pessoas. A Morte e a violência então, foram completamente banalizadas! No tempo em que ainda assistia jornal me lembro de sentar perto de minha mãe e perguntar: "Quantas pessoas morreram hoje lá no Iraque?"


Muitas coisas foram reduzidas à números, principalmente mortes. Não temos mais aquela capacidade de compreender que cada unidade daquela possuía uma vida, uma história, e muitas pessoas que sentirão sua falta.

O sexo então, virou comércio. Atualmente praticamente não se vê um filme que não possua cena de sexo. Às vezes isso nem vem ao caso na trama, mas eles sempre dão um jeitinho de mostrar um par de seios na telona. Isso contribui para a precocidade de nossas crianças, para que os jovens passem a acreditar que tudo é permitido, e que certo ou errado, não haverão consequencias...

Eu vou terminar de assistir o seriado (True Blood), mas confesso que com um sentimento de culpa. Eu sei de mim, sei que não vou sair por aí fazendo o que vejo diante da TV, mas não deixa de passar pela cabeça que eu poderia gastar meu tempo com coisas mais construtivas. :(

Duas coisas me encabulam:
1- A que horas isso é exibido lá nos Estados Unidos???
2-E como a revista Capricho foi capaz MENCIONAR essa série na revista para pré-adolescentes? Imagina o que acontece se uma menina de 14 anos baixa um episódio desses pensando que vai encontrar um Edward Cullen por lá??
No mínimo lamentável...


05 setembro 2009

15 agosto 2009



Será que algum dia irei encontrar a música, o texto, o poema ou a palavra que consegue expressar o que estou sentindo nesse momento?
Às vezes sinto a necessidade de colocar isso para fora, dividir com alguém, mas por mais que eu tente, as palavras 'certas' parecem sempre fugir de mim neste momento.

Uma mulher chamada Cindy Hazan disse que a paixão de uma pessoa pode durar até 30 meses; então pelos meus cálculos, ainda tenho que conviver com esse sentimento um ano e sete meses.

Às vezes é desanimador imaginar que ainda por quase dois anos terei que conter o choro, engolir o nó que se forma em minha garganta cada vez que sofro uma decepção. É desanimador saber que não sou nada, e que no fim eu continuo aqui, apenas com teorias, suposições, sofrimentos que eu mesma poderia evitar, mas provavelmente não quero.

Já desisti de tentar saber se isso é vergonhoso ou não. Gostaria de ter desistido de me preocupar com o que os outros pensam à respeito disso. Mas desisti de tentar seguir instruções, fórmulas mágicas, porém ainda é complicado deixar de lado velhos hábitos e as perigosas e destrutivas manias.

Estive pensando em retornar à terapia. Mas não vai adiantar; o que me dirão é que a mudança tem que partir de mim. Contudo, se no momento eu não posso, não quero, não consigo ou seja lá o que for, ninguém pode fazer nada por mim.

Estou triste. Ainda bem que perdi meu cartão de crédito, assim, posso justificar a tristeza que sinto agora, sem levantar suspeitas do que realmente se passa dentro de mim.

06 agosto 2009

Quem acredita em O.V.N.I.s???

Foi 'flagrado' na última terça-feira em um programa de TV um suposto ovni.
"Uma linha prateada passou do canto esquerdo da parte de baixo da tela ao canto direito da parte de cima no momento em que o apresentador lia as manchetes."
Veja o vídeo e dê a sua opinião...


14 julho 2009

A diferença entre o Querer e o Poder


É tudo tão complicado!
Tão difícil....
Por que não criaram um manual para a vida?
Todo esse tempo tenho buscado uma coisa que chamam por aí de Equilíbrio... Mas ele se esconde muito bem.

É que eu tento absorver todas as experiências, todos os modelos, sejam eles meus ou não. Isso deveria ser válido, porém a cada dia percebo que todo esse esforço de pouco adianta, porque cada ser é único, cada vida é Uma vida. Não existem duas iguais; não há um modelo que eu possa seguir; um modelo que me dê a certeza do sucesso...

É horrível essa certeza que alguns têm sobre mim, certeza de que tudo será mais fácil, menos sofrido, e pior ainda é esse incômodo pensamento que vira e mexe inunda minha cabeça, com aquela voz de deboche, rindo consigo mesmo e me dizendo “Como eles estão enganados!”.

Eu estudo ciências exatas por encontrar nelas alguma certeza, nela não há meio termo, algo pode estar certo ou pode estar errado. Eu trabalho com seres humanos, e cada dia que passa, aumenta o meu fascínio pela complexidade do Ser em si. A complexidade que é a formação do caráter, dos limites, da personalidade. E mesmo assim essa angústia em meu peito não sai para passear.

Sou constantemente invadida por questionamentos, incertezas e um medo terrível de estar equivocada, de escolher o caminho errado. Como diversos autores poeticamente já disseram, a Vida é um espetáculo único, em que não há ensaio ou remake.

Eu tenho uma certeza em Deus de que tudo vai dar certo no final, mas há dias que isso não satisfaz a minha ânsia por respostas e não supera o meu sentimento de culpa por estar me sentindo assim.

Eu fico a me perguntar se não deveria me preocupar com coisas mais concretas do meu dia a dia, porém essa minha mente não dá sossego. Cresce também o sentimento de frustração, por não estar utilizando essa massa encefálica para algo mais produtivo, criativo e relevante.

Hoje, nessa luta contra a ociosidade, procurando algumas imagens, fui invadida pela curiosa vontade de colorir desenhos! Não me pergunte o porquê disso, mas ouso deduzir que tem algo a ver com a infância, época em que (geralmente) estamos alheios às mazelas do mundo, a toda preocupação e estresse que reina na fase adulta.

(rsrsrsrs) o título desse desabafo, qual a relação? Bem... Acredito que esteja diretamente ligado ao Livre Arbítrio. Quando de fato temos o direito de escolha?
Será que o simples fato de querer (e tomar atitudes para que isso se realize), vai tornar o meu querer realidade? Parece-me que isso funciona com objetos inanimados, como uma bolsa de grife vendida na galeria mais cara da cidade: se eu quero, mesmo que eu parcele aquele bem em 48 X com juros, é algo que posso vir a possuir, não há dúvida. Mas quando temos aquela pessoa que amamos numa situação lamentável num quarto de hospital... Algumas vezes, por mais que desejemos que aquela pessoa viva, a sua hora vai chegar. Nessa hora, o meu querer é poder? Se ela vir a falecer, isso significa que tenho pouca fé?