19 setembro 2009

Dos filmes que já vi...

Era uma vez uma menina que era cinéfila, que amava assistir filmes, não perdia um Oscar, mas que hoje não tem mais tempo nem de se sentar na sala de TV... :(

Atualmente, todas as (raras) vezes que vou à vídeo locadora tomo um susto ao perceber que o filme que vi o trailer anunciando sua estreia nos cinemas já não estão mais na estante dos lançamentos!
Deprimente.
No entanto, embora eu não tenha mais tempo de assistir a filmes como antigamente, ainda tenho o hábito de rever os antigos que me marcaram e que farão sempre parte da minha história.

* Tudo Acontece em Elizabethtown
Bem... Críticas não faltam, mas eu gostei. E acho que todos nós devíamos fazer uma viagem daquele tipo alguma vez na vida (na história, o personagem principal aluga um carro e viaja sozinho pelo país, sem compromisso, sem horário pra chegar. Apenas um momento de apreciação..um momento de Vida).

*Pequena Miss Sunshine

Até hoje tento abstrair 'coisas' desse filme. Ainda não sei dizer exatamente o que tanto me encantou nele!
Vai ver foi o programa de índio que essa família fez, tão parecidos com os que eu já passei!!
Momentos esses que nos fazem quase explodir de raiva ou frustração no momento em que acontecem, mas que com o passar do tempo acabam virando motivo de boas risadas e ótimas lembranças... O outro motivo pode ser também o fato de ser Família!! Ou seja, aquelas pessoas que você não pôde escolher para estarem ao seu lado, mas que nos melhores e piores momentos sempre estarão/estiveram contigo. Isso é um presente Divino!!



* À procura da felicidade

Adoro histórias de drama, principalmente aqueles baseados em histórias reais. É claro que tem todo aquele lance do cinema, de fazer tudo parecer muuito bonitinho, mas é sempre um impulso, uma maneira de mostrar que todos nós estamos sujeitos a tristezas, fracassos. E que às vezes não faz mal ultrapassar algumas barreiras ou preconceitos para seguir em busca daquilo que se almeja.
Ponto interessante do filme: quando o pai diz ao filho "Nunca deixe ninguém te dizer que não pode fazer alguma coisa, nem mesmo eu.(...) Se você tem um sonho, tem que correr atrás dele. As pessoas não conseguem vencer e dizem que você também não vai vencer... Se você quer uma coisa, corre atrás, ponto."



* Orgulho e Preconceito

Ainda não tive a oportunidade de ler o livro, mas espero fazê-lo em breve. Esse filme, como foi dito no making-of, mostra uma época em que os relacionamentos eram bem definidos. O local de 'paquera' eram os bailes, e o negócio era 8 ou 80. Não era como hoje, em que você beija alguém e: ou aquilo não significou nada, ou você fica um certo tempo sem saber direito do que se trata.
Outra coisa também que me deixou impressionada: o mais lindo filme de romance que assisti e que não possui Uma cena de beijo, ou sexo, ou seios, enfim...
Maaas se bater a curiosidade, tem a cena do beijo nos extras! =D


E o mais "recente":

*Wall-E

Essas animações sempre foram minha perdição. Além de ficar pensando por horas no trabalho gerado para que se obtenha tal resultado, as histórias são sempre mais interessantes que aquelas feitas com pessoas reais. Essas animações funcionam como parábolas modernas. E este filme tem o mérito de transmitir uma mensagem super legal quase que só usando imagens. São poucos os diálogos ao longo do filme. E claro, sua história, a crítica feita à humanidade de maneira bem humorada e direta.

Por enquanto, "isso é tudo, pessoal!!!"

14 setembro 2009

Choque de Realidade (?)


E veja como é a curiosidade:


Meu amigo disse: "Estou assistindo uma série, mas acho que você não vai gostar... É muito forte, muitas cenas de sexo, muito chocante..."

E eu fiquei me perguntando o porquê da certeza dele de que eu não iria gostar do tal seriado... Pra matar a dúvida, no fim de semana eu criei coragem e fui assistir...


Não é que tenha cenas de sexo muito fortes, só é praticamente pornográfico! :O


Porém o mais embaraçoso não é isso, a questão é que, por mais que sejam situações fictícias (bem fictícias já que existem vampiros na história), isso não está muito distante da realidade do mundo hoje.


A meu ver, houve uma grande distorção de valores. Antes se reclamava porque tudo era rígido demais, e nas décadas seguintes, as pessoas foram afrouxando os limites e hoje o mundo virou de ponta cabeça. O que antes era certo, ficou 'careta' e caminha para o status de errado. O que era errado se tornou aceitável, e por esse motivo ver alguém se drogando ou prostituindo não é mais motivo de espanto para as pessoas. A Morte e a violência então, foram completamente banalizadas! No tempo em que ainda assistia jornal me lembro de sentar perto de minha mãe e perguntar: "Quantas pessoas morreram hoje lá no Iraque?"


Muitas coisas foram reduzidas à números, principalmente mortes. Não temos mais aquela capacidade de compreender que cada unidade daquela possuía uma vida, uma história, e muitas pessoas que sentirão sua falta.

O sexo então, virou comércio. Atualmente praticamente não se vê um filme que não possua cena de sexo. Às vezes isso nem vem ao caso na trama, mas eles sempre dão um jeitinho de mostrar um par de seios na telona. Isso contribui para a precocidade de nossas crianças, para que os jovens passem a acreditar que tudo é permitido, e que certo ou errado, não haverão consequencias...

Eu vou terminar de assistir o seriado (True Blood), mas confesso que com um sentimento de culpa. Eu sei de mim, sei que não vou sair por aí fazendo o que vejo diante da TV, mas não deixa de passar pela cabeça que eu poderia gastar meu tempo com coisas mais construtivas. :(

Duas coisas me encabulam:
1- A que horas isso é exibido lá nos Estados Unidos???
2-E como a revista Capricho foi capaz MENCIONAR essa série na revista para pré-adolescentes? Imagina o que acontece se uma menina de 14 anos baixa um episódio desses pensando que vai encontrar um Edward Cullen por lá??
No mínimo lamentável...


05 setembro 2009


Transformando Grilos em Palavras

É chato conversar com uma pessoa e saber que ela fala com você pensando: ‘é inteligente, mas não sabe nada da vida...’. Bem, na realidade eu não tenho como saber se elas pensam isso ou não, mas o fato é que é assim que eu me sinto. Talvez eu devesse ter saído mais ao sol e deixado os livros na estante apenas pegando poeira.

Hoje eu vejo o quão complexo é lidar com o ser humano e tenho tido o tempo roubado pensando a respeito desse assunto. Não sei se isso está diretamente ligado ao fato de ser ariana, ou a esse meu perfeccionismo nato. Mas desde pequena sempre fui competente em tudo o que me dispunha à fazer; aos oito anos diziam que eu seria arquiteta, aos dez estilista, aos doze cantora, aos quatorze escritora, com dezesseis, me tornei professora!

Até hoje as pessoas levam um susto quando vêem a estudante de ciência da computação dizer que é professora de música, assim como meus alunos, quando descobrem essa peculiaridade em minha vida. Estou tentando me entender, buscar o meu lugar neste mundo, apesar da extrema dificuldade que tenho em me adaptar a ele. Neste lugar onde os valores foram invertidos é difícil não se sentir uma aberração, um peixe fora d’água, ou borboleta num aquário. Não que eu vá pender para os errôneos caminhos que estão por aí, mas eu tento preservar a visão romântica do mundo, porém todos me desanimam nessa empreitada. O que querem então de mim? Se tento o que acho certo, me jogam um balde de água fria e não apontam uma solução plausível.

A maior parte do tempo me sinto velha. Quando eu era criança, pensava na adolescência, quando cheguei na adolescência, pensava na vida adulta. E hoje, no auge dos meus vinte anos, eu penso na velhice, se terei netinhos e em como será a minha morte. Ao mesmo tempo que coisas grandiosas passam pela minha cabeça, sinto também falta das coisas simples. Quando estou deprimida, fico a pensar em como é necessário tão pouco para ser feliz. Fico a pensar em como a sociedade, a mídia nos consome, nos torna escravos, fazendo-nos correr atrás de algo inalcançável, (pelo menos dessa forma).

Livros e mais livros dissertam à respeito da felicidade, como se ela estivesse num potinho escondido por aí, dissertam como se fossem um mapa de tesouro, dez passos para a direita, e então encontrarás um grande X no chão..
Por que não podemos encarar a vida como Drummond?

“(...)ponha a saia mais leve, aquela de chita, e passeie de mãos dadas com o ar.
Enfeite-se com margaridas e ternuras, e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada, e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim. Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo da janela.
Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteira: (...) Enlou-cresça.”

Lindo, não é?
Um tempo desses eu cheguei à interessante conclusão que não há como não pensar que a vida adulta mata os nossos sonhos...... Durante a juventude, enquanto não temos uma torrente de responsabilidades assistimos a bons filmes, lemos bons livros e interessantes biografias. Chegamos mesmo a acreditar que podemos mudar o mundo, mas então, somos obrigados a estudar para ingressar numa universidade, depois trabalhar para alcançar o sustento, temos que ser bons todo o tempo por causa da concorrência, enfim. Toda essa gama de responsabilidades vai nos consumindo e aos poucos deixamos de lado aquilo que nos agrada, que nos faz feliz.
A Felicidade é algo constante? Um tesouro que depois de encontrado, se terá para sempre?
Não.
Felicidade são momentos fugazes.
E sabe de uma coisa?
Eu fico feliz por ser assim!

02 setembro 2009

.-;-.-;-.Meu Dia Poético .-;-.-;-.


O meu dia amanheceu bem quente.
E pra melhorar, à tarde, o quarteirão onde trabalho ficou sem energia, logo, a escola de música transformou-se numa grande sauna!

No fim da tarde recebi uma ligação avisando-me que minha aula de piano tinha sido cancelada! Só Deus sabe o quanto eu desejei isso por todo o meu dia.

Voltando pra casa (mais cedo), contente por aquela inesperada caminhada, um velhinho safado olhou pra mim e disse algo (rs) mas tá tudo bem porque eu não ouvi NADA, meus fones de ouvido estavam no máximo.

As pessoas olhavam pra mim, e eu realmente pude sentir que havia algo estranho no ar.
Porém até agora não descobri que coisa seria essa, mas o fato é que quase chegando em casa, passou por mim uma mãe (ou babá, ou tia, ou irmã) empurrando um carrinho de bebê.
E nele havia um garotinho de aproximadamente uns oito meses. E sabe o que ele fez????
Hum???
ELE SORRIU PRA MIM!!!

Mas foi um sorriso tão lindo, tão puro, e ele até se virou no carrinho, enquanto eu passava por ele, para sorrir pra mim!!
Depois disso que dia não se torna poético?
Claro que nem tudo saiu da maneira como eu esperava, eu tive chateações, chorei, mas quando eu lembro daquele sorrisinho.....!percebo que não há motivos porquê reclamar, afinal a vida é linda!