26 novembro 2012

Sobre o Perdão...

Tem uma música que eu adoro. E não é só por concordar com toda a sua letra ou por ser tão família. Esta, é o tipo de música que sempre me faz refletir ou rir sozinha de situações passadas.  A música, chamada 'Cara de Família',  do Rodrigo Grecco, em certo momento diz assim:
  
"Minha mãe me disse umas coisas sobre os ódios do meu peito
     Disse que o ódio que se guarda vai matando só quem sente..."

Esse trechinho em especial, toca na ferida que eu quero tratar no post de hoje: mágoas e rancores.

Uma vez conversando com um amigo, ele me falou de sua fraqueza, daquilo que o afastava de Deus. Ele disse que a fraqueza que ele sentia era dele e que outra pessoa podia encontrar a própria fraqueza em outra coisa.

Apesar de ele ter dito isso em apenas segundos, me perdi dias pensando em qual era a minha fraqueza; o que eu sentia, e que quando sentia, sentia-me afastada do Amor de Deus. Foi quando percebi que minha fraqueza estava justamente na facilidade, quase naturalidade, em guardar e cultivar mágoas e rancores; desamor...

Entenderam o porquê da música agora? rs
É óbvio que já percebi o quanto isso é nocivo, principalmente para quem sente, para quem acaba cultivando sentimentos dessa natureza. E uma das primeiras coisas que me ajudaram nesse processo de "me consertar" foi um livro chamado "Oração da Amorização", do Pe. Alírio J. Pedrini, SCJ. Livro este que vira e mexe estou recomendando-o para alguém.

O livro propõe um método sem grandes segredos para ajudar-nos a praticar o perdão: pois só através do perdão genuíno é que conseguimos nos libertar desses sentimentos ruins.

Esse livro foi uma bênção em minha vida. Imagino que tenha surtido efeito semelhante na vida de muitas outras pessoas também, mas apesar de tudo, colocar em prática o que lá diz é um processo longo e árduo.

Acontece que um dia desses, (ontem, rs), conversando com uma amiga, contando um pouco do que já tinha me acontecido, na hora de contar um fato aparentemente já superado e também perdoado, fiquei surpresa ao sentir meus olhos cheios d'água novamente e o coração sentindo uma pontadinha de dor. Isso me fez pensar numa coisa: na linha tênue existente entre o perdão genuíno e o esquecimento de algo que te magoou.

As perguntas que venho lançar hoje são:
1- Até que ponto conseguimos perdoar de verdade?
2- Quantas coisas repetimos a nós mesmos "está perdoado" quando na verdade deixamos apenas de cutucar a ferida, e por algum tempo chegamos a esquecê-las...?

Nós somos tão pequenos, tão limitados... 

3- Por que é tão fácil absorver o que é ruim e tão difícil nos abrirmos para o que realmente vale a pena?
4- O que você acha disso?
5- Como você reaje em situações assim? O que te incomoda?

Escrevendo hoje sobre a decepção de descobrir que ainda não consegui perdoar por completo, lembrei de outro post que escrevi há alguns anos descrevendo a ótima experiência que é quando conseguimos colocar em prática. A quem interessar, é só clicar aqui!



Uma ótima semana a todos ;)
 



01 novembro 2012

Passado, Presente e Futuro

Eu não sei precisar em que momento de minha existência eu passei a ter prazer em Aprender coisas, mas sei que quando aprendi, foi um tipo de desejo perpétuo. Eu gosto de saber das coisas, entendê-las; e essas coisas vão desde simples curiosidades (como um galo que sobreviveu sem a cabeça por algum tempo) à lições de vida.

Uma das últimas lições que tinha tomado nota - a respeito da vida -, era sobre a importância de viver o hoje. Pode ser óbvio para alguns, mas só há pouco tempo é que me dei conta que o nosso amanhã depende inteiramente do que fazemos hoje. Mesmo com aquele trecho lindo do filme do Kung Fu Panda, onde o panda e a tartaruga conversam sobre a importância do hoje - "é por isso que se chama PRESENTE" -, eu ainda não tinha de fato colocado isso em prática, vivido isso para ter certeza que é verdade.

E então eu parei por aí, nessa onda de Carpe Diem. Foi quando um amigo meu chegou para e disse que eu reclamava muito de algumas coisas relacionadas ao passado; que culpava algumas pessoas por algumas situações que me aconteceram ou que contribuíram para que eu me tornasse quem sou. Falou que eu devia "largar mão disso", seguir em frente e tals. E foi aí que eu percebi que tão importante quanto não viver todo o tempo assuntando como será o futuro, é fundamental desapegar-se do que já foi.

Já parou para pensar em quantas coisas vamos guardando na despensa da memória? Quantas coisas realmente inúteis e que só atrasam as nossas vidas? Já pensou que ocupando os espaços da despensa com   essas coisas que não valem tudo isso, que muitas vezes só nos fazem mal, estamos deixando de dar lugar a coisas novas e realmente interessantes?

Povo, empurrar a vaquinha do precipício aqui e acolá geralmente não traz mal nenhum. Se as coisas não saírem como ou melhor que o imaginado, ao menos ter-se-á aprendido; e pra que coisa mais valiosa que isso?

Hoje tenho feito um esforço legal para começar a desapegar do passado. Tá certo, ele não deve ser esquecido, está ali para ser apreciado, para retirarmos lições. E não para carregá-los todo o tempo como fardo pesado, como angústia ou mágoa constante. Quando conseguimos nos desprender disso com perfeição é tão bacana!

Esse desapego não é caminho fácil, mas também não é sinônimo de impossivel. O primeiro passo é tomar consciência disso e depois colocar para fazer; isso sim faz diferença.

Eu estava com vontade de dividir isso. Não se será de serventia para alguém, mas quem sabe exista alguém aí do outro lado que só estava precisando ouvir algo assim também?

Você chegou às mesmas conclusões que eu? Sim? Não? Me conta. Quem sabe eu seja presenteada com mais um precioso ponto de vista? ;)