05 fevereiro 2011

Sobre modelos familiares


Me peguei pensando sobre esse assunto há alguns dias mas não no sentido de modelos tradicionais ou lares em que os papéis são invertidos ou nos casos de mulheres exercendo as funções de chefe da casa, mas sim identidade criada por cada família, por seus costumes “íntimos”, digamos assim.


Quando terminei o segundo grau, passei no vestibular nas duas universidades em que fiz a prova de vestibular sendo uma delas federal e localizada na capital do meu estado (moro no interior).  Lembro-me da indecisão que se abateu sobre mim naquela época, aqui cursaria uma universidade particular mas estaria em casa, na companhia dos meus  e tudo mais. Do outro lado estudaria numa universidade federal, na capital (sinais de maiores oportunidades profissionais), mas o preço disso seria morar com a família de minha madrinha.

É claro que eles ficaram felicíssimos com isso, esperando mesmo que eu me mudasse para lá e não me vendo como um peso ou incômodo como poderia ser o caso. Porém me conhecendo como conheço acabei por ficar em minha cidade natal na faculdade particular e claro, no meu lar.

Uma das principais razões que me fizeram optar por permanecer aqui foi esse lance dos modelos. Cada família cria seus costumes, rituais e estes são únicos. Por exemplo, um dia desses me lembrei daquele grupo sueco, ABBA e baixei dois CD’s  deles . 
Depois ficar até duas e tanto da manhã escutando-os, fui mostrá-lo para meus pais no dia seguinte. Acabou que fomos almoçar todos escutando os tais CD’s. Naquele instante, ri sozinha imaginando o que outra pessoa que não participa do nosso núcleo familiar iria pensar daquela cena, no mínimo estranho, imagino, da mesma forma que todos nós estranhamos quando ao fazer uma simples visita a conhecidos, ou mesmo nos hospedar em seus lares nos deparamos com alguns costumes diferentes dos nossos.

Família é algo muito importante, e cada um de nós é retrato do ambiente construído por eles e quando tivermos nossas próprias (famílias) ou para quem já construiu a sua acaba adquirindo essa responsabilidade e muitas vezes sem perceber cria costumes únicos que serão perpetuados por seus descendentes. Bacana isso, não é? E você e sua família? O que é normal para vocês, mas que provavelmente causariam espanto para outrem? Já parou para pensar nisso e se parou o que mais concluiu? Divida(m) comigo!

7 comentários:

  1. Vixi, não quero nem pensar sobre isso. Faz muito tempo atrás, mas me lembro de uma época que os espelhos não estavam seguros perto de minha mãe, assim como os rodos, vassouras, conchas, e tudo que estivesse ao alcance dela em seus acesos de fúria. Hoje isso passou, mas acho normal. rsrsrs. Meu pai tem uma cicatriz na cabeça que eu acho q foi minha mãe quem fez...

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  2. Legal essa sua relação com sua família e o valor que você dá a ela. é importantíssimo.

    Mas, infelizmente, nem todas as famílias podem ser classificadas como "modelo" ou até mesmo como "família".

    Infelizmente...

    Acho que temos sorte de os nossos serem "por nós", né?! Ainda bem!

    bjoss

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  3. Viviiii!!! mais um texto bacanerrimo e reflexivo ne?! Seda rasgada a parte, eu acredito muito na cultura particular. Acho que a gente já nasce com alguns dispositivos próprios, o que te diferencia da tua irmã... ainda que ela seja gêmea. Mas a essencia da formação se faz dentro desse conjunto de atitudes e opiniões que crescemos participando.

    A gente aprende a SER. Aprende a VER.
    Aprende a OUVIR. Aprende a FALAR. Aprende a SENTIR.

    O respeito por um outro nucleo é imprescindível para a convivencia. Mas se conviver já não é tarefa das mais fáceis... Conviver diariamente, e conflitar questões de moradia, com pessoas que a gente ama, mas que são muito diferentes de nós... Pode ser um ganho enorme. Uma experiencia incrivel. Um intercambio muito proveitoso. Massss, como tudo, não deixa de ser um graaaaaaaande risco.

    Beijo

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  4. Família é tudo de bom...aquela que vc escolhe!
    E vc,garota,escolheu a sua!!Casamento perfeito para alicerces e alianças,afetividadee criatividade,tudo o que vc leva prá vida...
    Não é à toa que vc é quem é.
    Beijos familiares e afetuosos.

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  5. Ei viii!! Como vai?!
    esse negócio de família é algo realmente incrível nÊ!? Me fez refletir sobre algumas situações ao ler o poste!

    beijoos

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  6. Viiii, minha querida, estou em falta com voce, sem visitar, atravessando um periodo muito dificil. Agradeço seu carinho por nunca me esquecer. Bjs

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  7. Oi Viii...
    Refletindo um pouco em relação ao que você disse, pensei nas vezes em que convivi com amigos ou parentes no "habitat" deles. É um tal de programas de TV diferentes, temperos distintos, outros times, reações as mais diversas. Uns assistem novela, outrom abominam. Uns gostam de pagode, outros não podem nem ouvir.
    Algumas vezes odiei ver essas diferenças e quase saí correndo. Já em outras oportunidades fiquei pensando: - "que interessante!"
    Aí depende muito!

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