Invisível Não querendo dar uma de pessoa que não tem mais nada a fazer nessa vida a não ser dar conta da vida dos outros, me considero uma pessoa observadora... Continue Reading
Sobre o "toque" ou sobre o "tocar" (alguém) Eu cresci ouvindo minha mãe dizer: "Nessa vida há apenas três coisas que não voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida"... Continue Reading
Sobre o Grande Iceberg das Escolhas e Descobertas da Vida Esses dias estive a pensar no caminho que fiz para chegar até aqui. As várias situações por que passei, as inúmeras vezes que mudei de opinião, de todas as vezes que julguei minhas verdades como absolutas... Continue Reading
Alguma vez no passado eu assisti – e adorei, claro – o filme Orgulho e Preconceito. Lembro-me que como de costume, fui assistir ao making of do dito cujo e um dos entrevistados comentou que um dos maiores encantos de produzir tal filme, encontrava-se na ‘inocência’ das pessoas da época, ou algo no sentido de os relacionamentos serem definidos.
Naquele período, –fantasiamos, ao menos – não haviam rolos nem o tal do ‘ficar’. Era oito ou oitenta, ou se estava comprometido ou não; muito diferente dos dias atuais. Essa entrevista nunca mais saiu de minha memória; lembro-me que concordei piamente com o entrevistado. E um dos motivos pra isso, imagino, é o fato de eu ser sistemática nesse ponto, não gosto muito de coisas indefinidas...
Mas voltando ao raciocínio... Esta semana este pensamento/opinião veio à tona novamente depois que fui convidada a ser jurada num concurso na UFT. Foi um evento descontraído, com poucas pessoas, e bastante animado. Lá, havia na platéia uma moça que não queria se apresentar em função da timidez. Mas em certo momento, quando um rapaz que tocava violão se ofereceu para tocar para ela caso esta decidisse cantar, o público foi ao delírio. E alguém disse alto o suficiente para todos ouvissem: “Nossa, isso foi praticamente um pedido de namoro!!”.
Eu, em minha tamanha ingenuidade me pergunto até agora se essa afirmação procede... Será mesmo que era essa a intenção do rapaz? Ou foi apenas motivado pela vontade de ser prestativo, ou encorajador por já conhecer o talento da moça em questão? Claro que não cabe a ninguém além dos dois decidirem/responderem a este questionamento. Mas a situação realmente nos faz pensar nos caminhos que as relações pessoais tomaram de um tempo para cá.
O ‘ficar’, muito popular para os mais jovens; eu não consigo entender! Como podem sair aos amassos com pessoas estranhas motivados apenas por aparência (já repararam que esse é sempre o argumento? “Fulano é bonito”), e deixando de lado o principal, que é o conteúdo. Pior ainda, muitos encaram isso como uma coleção - “hoje fiquei com 10”, ou “o objetivo esse ano é ficar com 100”-, absurdo.
Depois do ‘ficar’, existe ainda os rolos, que é na minha visão o meio termo, nem tão superficial como o ‘ficar’ e nem tão “concreto” quanto o namorar. E por último existe ainda o namoro que hoje em dia já tem caras de casamento, já que não é mais necessário nem perante a lei estar casado para viverem debaixo do mesmo teto e dividirem despesas, filhos e tudo o mais!
Claro que essas coisas por um lado simplificaram bastante a vida de muita gente, por exemplo, para quem só “juntou os trapinhos” não vai dar tanto trabalho se separar comparado a um casal que se casou no civil e/ou no religioso. Mas por outro lado, pra quem ainda está à busca do par perfeito, a tampa da panela, alma gêmea, isso soa um pouco assustador, porque são tantos os fracassos (relacionamentos que não vão para frente pelos mais diversos motivos) e essa falta de parâmetros, modelos de relacionamento, me parece, dificultam um pouco as coisas.
Bem... Essa é a minha opinião. Você provavelmente deve ser menos complicado do que isso. E então, diga-me, como você lida com essas situações, ou como lidou – para quem já passou da fase da procura e agora o desafio concentra-se em manter aquilo que precisou de tanto cuidado, carinho e mais um monte de sentimentos para construir?
O pessoal fala muito de homens e mulheres modernas, mas eu não sei não... Acho que muita gente ficaria contente se um namoro começasse com um simples “Quer namorar comigo?”...
**Curiosidade: Este post era pra ser sobre a Hidrelétrica de Belo Monte!!!!
Como vocês sabem eu não acompanho mais o noticiário como antigamente, mas quando o bafafá é feio, inevitavelmente isso chega aos meus ouvidos. E de uns tempos para cá tenho reparado numa nova tendência desse povo que vive de aparecer na televisão. Alguém me amarre se estou dizendo besteira, mas é ou não é verdade que a nova moda agora é ser bissexual e/ou morrer de overdose???
Dando uma pesquisada básica no Google é espantoso o tamanho da lista - que só está crescendo - e deu pra ver também que o assunto não é nenhuma novidade, mas ainda assim não deixa de ser estranho. A impressão que dá é que isto tem sido usado como artifício apenas para chamar atenção.
A verdade é que tal assunto já está ficando chato, ainda mais quando vou discutir isso com meu amigo gay. Lá vou eu toda empolgada dizendo que descobri um ator lindo, másculo e tudo o mais e que nem de longe ele é gay e o que o amigo diz? "Ele é BI!!", e de quebra ainda prova, ainda encontra em algum lugar escondido na internet tal depoimento e te deixa toda desiludida, pensando em como daqui a alguns dias homem heterossexual vai ser tão raro quanto urso panda.
E falando em mortes precoces - ou simplesmente mortes... Causa? Overdose (!!!) Nem precisa ser de drogas ilícitas, pode ser depressão ou qualquer outra coisa que faz o infeliz se medicar até morrer! Como é que pode? Onde nossa sociedade vai parar? - Tudo bem que será a sete palmos da terra, mas caramba, não precisamos apressar o processo, não é verdade?
É dureza fazer piada com isso porque apesar de tudo, podemos dizer que este é mais um "fenômeno social", sem perceber entramos num ritmo frenético, trabalho, família, estudo.. E acabamos por sugar uma porção de tempo que deveria ser apenas para relaxar, curtir um pouco essa vida.
Essa foi a última que fiquei sabendo,ela assumiu bissexualidade num vídeo em prol dos direitos dos gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros.
Este soube sobre a bissexualidade a pouco tempo, mas era novidade só para mim... Lamentável, rs!
Já esta, se não se cuidar, vai fazer estripulias no além :S
Esses dias passando pelo blog da Beta li uma postagem na qual ela falava daquela vozinha que ouvimos sempre em nossa mente, aquela que quando não obedecemos sempre nos damos mal. Isso me levou a pensar nos poderes ocultos que temos.
Quem nunca teve um déjà vu antes, ou pensou ou disse algo e aquilo se tornou realidade? Uma das questões
é: tudo não passa de coincidência ou existe algo maior por trás disso? Horóscopo, intuições que não sabemos de onde vem, luz Divina, enfim.
A segunda questão seria: Como você reage a essas situações? Você acredita nisso, acha tudo besteira ou fica constantemente na dúvida? Os céticos que me conhecem chamam-me de supersticiosa. Já sonhei com coisas que aconteceram depois, já pensei coisas (boas e ruins) e elas também aconteceram, já fui guiada pelo vento, tive pressentimentos que tornaram-se reais. Mamãe quando sonha com melancia alguém engravidou, tias, mãe e avó conseguem saber quando alguém não está bem ou morreu...
Esses são os nossos poderes. Mas e você do outro lado, qual é o SEU poder? E como você lida com ele? Acredita de fato ou para você são apenas coincidências infelizes ou não?
Pois é pessoal, hoje eu completo vinte e um aninhos!! E a lista de pensamentos a respeito só está crescendo.
Primeiro estou muito feliz por isso, afinal quantas pessoas tem sua vida interrompida pelos mais diversos motivos? Se ainda estamos aqui, devemos festejar independente se ser nosso aniversário ou não.
Essa idade marca o fim da boa vida, porque agora qualquer encrenca que eu me meter meus pais não vão mais pra cadeia no meu lugar - isso não quer dizer que eu já dei algum trabalho do gênero, é só mesmo uma constatação; uma segurança a menos. =D
Além disso, dizem que é nessa época que deixamos de contar a idade para os outros, rsrssr, mas felizmente ainda tem muita gente achando que eu tenho 16..!
Hoje tirei férias de estudo, dei um tempo em Inteligência Artificial, Computação gráfica, e até mesmo nas provas de música que tenho para corrigir. Pena não poder fazer o mesmo no domingo...
Ganhei presentes e felicitações como é comum e isso realmente eleva um pouco a minha auto-estima, porque vamos combinar, o que há de mais precisoso nessa vida do que o amor de nossa família e amigos?
Eu pensei dias e dias a respeito dessa postagem, estava pensando em bolar algo legal e que trouxesse alguma reflexão, que fosse um texto não apenas de caráter pessoal, mas a inspiração faltou... Uma das poucas coisas que posso dizer é que sou uma pessoa que estuda Computação, dá aulas de música e simplesmente adora escrever e tentar entender um pouco o pensamento humano.. Talvez eu esteja no caminho errado - ou não -, mas esse é o bacana da Vida, constante aprendizado.
“Seguindo, aparentemente, um costume muito comum, os soldados chegaram ao centro do pátio e pararam junto à fonte circular da deusa Roma. O centurião mandou que retirassem os cavalos que estavam sendo escovados e, enquanto os ginetes desatavam as rédeas, várias dezenas de infantes de folga foram-se aproximando. A notícia da iminente flagelação daquele judeu – que se autoqualificava “rei” dos judeus – havia corrido rapidamente entre os membros da guarnição, que lógico, não queriam perder o acontecimento.
(...) Ouviram-se os cascos dos cavalos afastando-se para uma das esquinas do recinto, e a sessão de tortura começou. Do pelotão de mercenários, haviam sido destacados dois, especialmente robustos. Ambos tinham nas mãos diferentes tipos de flagrum, ou látego curto, de cabo de couro e metal, de apenas trinta centímetros de comprimento. De um deles partiam três correias de uns quarenta ou cinqüenta centímetros cada uma, providas nas extremidades de diversos pares astrágalos (tali) de carneiro. O outro verdugo acariciava as argolas de ferro de sua plumbata,da qual saíam duas tiras de couro, providas de um par de bolinhas de metal (possivelmente chumbo) em cada ponta.
A um sinal do oficial-em-chefe, dois soldados da escolta colocaram o Mestre diante de um dos quatro marcos, de quarenta centímetros de altura, que rodeavam a fonte e eram utilizados para amarrar as rédeas dos cavalos.(...) Com um puxão, o mercenário o obrigou a inclinar-se para o marco de pedra e depois prendeu a corda na argola metálica que coroava a pequena coluna. A altura do Galileu e o pequeno tamanho do marco obrigaram-no, desde o primeiro momento, a separar as pernas, o que resultou numa postura muito forçada. (...) Em meio a um silêncio expectante, o mais alto, colocado à direita do Mestre, levantou seu flagrum de cauda tríplice e lançou um terrível golpe na espádua de Jesus, ao mesmo tempo que iniciava a contagem:
__Unus!
A chicotada foi tão brutal que os joelhos do réu se dobraram, cravando-se no duro piso do pátio com um som seco. Mas, num movimento de reflexo, o Galileu voltou a erguer-se, exatamente no momento em que o segundo verdugo descarregava um novo golpe com seu flagrum bífido.
__Duo...!
__Tres...!
__Quattour...!
(...)O entrechoque dos ossinhos e das bolas de metal foram o único som perceptível durante os primeiros minutos. Jesus, totalmente encurvado, não havia deixado escapar um só gemido. Os astrágalos e as peças de chumbo caíam-lhe sobre a espádua, arrancando de cada vez algumas porções de pele. Desde o primeiro açoite, vários filetes de sangue haviam começado a correr pelo corpo, deslizando para os flancos e gotejando sobre o pavimento.
(...)Ao trigésimo açoite, o réu desabou, mantendo-se de joelhos, com os dedos fortemente presos ao aro de metal da coluna.
As costas, ombros e região lombar estavam encharcados de sangue, com inúmeros hematomas azulados e grandes como ovos de galinha. As correias, por sua vez, iam traçando dezenas de estrias, como se fossem arranhões, de tonalidade violácea. A presença daqueles múltiplos hematomas, alguns dos quais começavam a estourar, levou-me a pensar que a dor que Jesus de Nazaré suportou naqueles primeiros minutos deve ter atingido o paroxismo.
Mas, felizmente para ele, os golpes, descarregados com tanta sanha quanto precisão, foram abrindo muitos dos hematomas, convertendo as costas em um rio de sangue e, conseqüentemente, diminuindo a dor.
__Quadraginta!
O açoite número quarenta marcava os quatro ou cinco minutos do suplício. Mas, em vez de estremecer, como havia ocorrido nos golpes anteriores, o corpo do Nazareno não reagiu mais. Cívilis levantou sua vara de videira e deu por encerrada a flagelação.
(...) Embora o suplício tenha terminado no golpe de número quarenta, coincidindo, assim, casualmente, com a fórmula judaica de flagelação, a intenção de Pilatos, que acompanhava impassível e silencioso o desenrolar da tortura, era que o massacre prosseguisse. (...) Assim, uma vez esgotado o conteúdo da vasilha, o centurião ergueu seu bastão e cada verdugo tomou seu flagrum para prosseguir o castigo.
__Unus!
Aquele novo golpe e os que se seguiram foram aplicados especialmente nas coxas, nádegas, ventre e parte dos braços e tórax. As costas, dessa vez, foram poupadas.
Os golpes das correias, que enroscavam as pernas do Mestre, obrigaram-no a uma suprema contração dos feixes musculares, em especial os situados nas faces posteriores das coxas, que assim ficaram mais vulneráveis. Rapidamente a pele foi abrindo-se e a conseqüente hemorragia foi muito mais intensa que a das costas.
(...)O verdugo cantou o número dezoito lançando seu látego sobre o peito do réu. E uma das parelhas de ossinhos de carneiro deve ter ferido o mamilo esquerdo de Jesus. A intensíssima dor provocou um movimento de reflexo e o gigante se ergueu com todas as forças, ao mesmo tempo que seus dentes – solidamente apertados uns contra os outros – abriram-se , deixando escapar um gemido lancinante. Era o primeiro lamento do rabi.
(...) O golpe de número quarenta, que na realidade era o de número oitenta, se levarmos em conta os quarenta primeiros, caiu sobre um homem praticamente aniquilado. O Mestre, com o corpo deformado pelos hematomas e todo banhado de sangue, pouco se movia. Seus imperceptíveis lamentos iam enfraquecendo e, agora, só ressoava no pátio o ruído dos látegos cravando-se em sua carne e a respiração cada vez mais ofegante dos verdugos, visivelmente esgotados.
(...)Cívilis, que vinha observando o progressivo esgotamento dos verdugos, dirigiu um olhar significativo a Lucílio, o gigantesco centurião que eu havia visto no apaleamento do soldado romano. O da Panônia compreendeu a intenção de primus prior e, abrindo passagem aos empurrões entre os membros da corte, ergueu os braços, pegando no ar o flagrum do soldado colocado à direita do Mestre, quando este estava pronto para desferir um novo golpe.
A súbita presença daquela torre humana empunhando o látego de tríplice cauda foi suficiente para que ambos os carrascos se afastassem, deixando-se cair, quase sem respiração, nas lajes do pátio.
E a soldadesca, conhecedora da força e da crueldade do oficial, ficou em silêncio, atenta a todos os movimentos daquele urso.
Lucílio acariciou as correias, limpando o sangue com os dedos. Depois, colocando-se a um metro do flanco esquerdo do prisioneiro, levantou seu braço direito e lançou um golpe preciso e feroz sobre a parte baixa das nádegas de Jesus. A chicotada deve ter atingido o cóccix e a aguda dor reativou o sistema nervoso do rabi, que chegou a erguer-se por alguns segundos. Mas, em meio a grandes tremores, seus músculos falharam e ele caiu sobre os joelhos.
A soldadesca acolheu aquele calculado ataque com uma exclamação que se iria repetindo a cada chicotada:
__ Cedo alteram!
Um segundo golpe, dirigido desta vez à parte posterior do joelho esquerdo, tirou um gemido do Mestre, enquanto os mercenários repetiam, entusiasmados:
__Cedo alteram!
O terceiro, o quarto e o quinto golpes caíram sobre os rins.
__Cedo alteram! Cedo alteram! Cedo alteram!
A sexta e a sétima chicotadas se centraram em cada um dos pavilhões auditivos de Jesus. E, quase instantaneamente, de ambos os lados do pescoço, correram grossas gotas de sangue. O Mestre inclinou a cabeça sobre a argola de metal e o centurião buscou o flanco direito, despejando toda a sua fúria sobre o umbigo de Cristo.
__Cedo alteram!
(...)O nono golpe, desferido pelo colosso no dilacerado flanco direito de Jesus – e suponho que de maneira calculada sobre os músculos denteados já abertos, com a intenção de disparar assim a bloqueada respiração do réu -, produziu um som oco, como se os ossinhos houvessem golpeado diretamente as costelas.
(...) Pilatos olhou para o corpo imóvel e ensangüentado do rabi e hesitou. E sorriu com sarcasmo. Jamais me esquecerei desse gesto. Aquele demente parecia ter-se deliciado com o selvagem castigo (...) e, antes de retirar-se do pátio, ordenou a Cívilis que cuidasse do Galileu e o levasse à sua presença assim que fosse possível.”
Estes trechos foram retirados do livro Operação Cavalo de Tróia 1. Resolvi transcrever partes aqui e vocês já devem imaginar o por quê. Hoje é celebrada a Paixão de Cristo, “o dia cristão que marca o julgamento, condenação, martírio, morte e sepultamento de Jesus Cristo”. Mas infelizmente muito se perdeu, para muitos essa data não passa apenas de um feriado, um dia de folga que as pessoas aproveitam para viajar, beber e outros divertimentos.
A parte transcrita aqui se refere apenas ao castigo aplicado a Jesus antes da Via Sacra. A postagem foi proposital, porque na verdade, por mais que guardemos este dia de acordo com a tradição, pouquíssimas vezes – ou talvez nunca – temos real noção do que foi este enorme sacrifício por amor a cada um de nós. Pensem nisso, meus amados, eu também o estou a fazer. Que não só hoje, mas sempre possamos nos lembrar e principalmente respeitar e agradecer por esse imenso gesto de amor. Uma feliz e iluminada Páscoa.