No último post falei de vários blogs que freqüento, recomendo e que significam muito para mim, no entanto, por preocupação a respeito do post ficar enorme, deixei de falar de outros queridos, então aqui vai:
A Marli Borges já comenta há algum tempo por aqui, comentários valiosos por sinal, mas eu ainda não havia tirado tempo para lhe fazer aquela visita, então seguem dois links, o do Blog da Marli e de um blog do qual ela participa, o "Profundo Amar" também muito delicado e sensível.
E como esse mundinho é pequeno, não é verdade? Agora não me lembro ao certo como se deu, mas descobri um conterrâneo que escreve muitíssimo bem e apresenta sempre pontos de vista muito interessantes e relevantes. Ele é o Hugo, dono do Hugo Alves. Quem tiver um tempinho de certo não se arrependerá!
E por falar em mundo pequeno, há também a Teresa, que vive em Portugal, vejam só! E ela é dona do continuando assim..., um lindo e sensível blog, com poesias e contos muito envolventes. Entre as metas para 2011, estão me permitir passear mais por lá!
E pra completar minha listinha, o Memórias da Lira Velha não podia ficar de fora. O Marcos Satoru Kawanami é uma figura ( no melhor sentido ), brinca com as palavras e usa seus sonetos como maneira de protesto, de causar irreverência ou o que for necessário. Muito talentoso e alguém que vale a pena linkar e visitar sempre!
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Agora com a consciência mais tranqüila, vamos às observações que não são novidade do dia. Há alguns dias atrás assisti a reprise daquele programa Roda Viva da TV Cultura, e me desculpem a ignorância... Fiquei encantada, envergonhada e decepcionada logo em seguida.
Encantada porque é um ótimo programa, onde são tratados temas importantes e instrutivos e não se trata de Pão e Circo, de um programa para ‘emburrecer’ as pessoas, como centenas de programas veiculados na TV brasileira.
Logo em seguida envergonhada porque foi a primeira vez em toda minha vida que eu assisti esse programa. Envergonhada por estar tão distante assim de um dos poucos programas de qualidade que a TV aberta fornece. Isso me lembrou de certa vez no Salão do Livro, quando caí de para quedas numa palestra ótima com o Gabriel Chalita, que na época, assim como o Roda Viva não sabia de quem se tratava.
E por fim, decepcionada. Decepcionada por esse programa ser exibido tão tarde (neste caso, depois de visitar o site do programa, descobri que 1hr é a reprise), decepcionada por grande parte da população não saber da existência de programas assim e pior, não nutrirem o mínimo de interesse por atrações do gênero.
Atualmente não tenho paciência para TV, quer dizer, a programação exibida por ela. Telejornais são sinônimos de tragédias e falcatruas facilmente acessadas através de internet, quando eu quiser e mais importante, SE eu quiser ficar sabendo disso. As novelas são totalmente previsíveis, e essas nem contam, pois estudo a noite, haha. Programação de fim de semana então, nem se fala. Dessa maneira, quando tenho tempo sobrando para isso, assisto a filmes ou seriados; só.
E uma das coisas que me chamou atenção no já citado programa foi o conteúdo, claro, e a não necessidade de apelar para nada. Qualquer programinha de auditório por aí está repleto de moças com "roupas" de pouco pano, programação imbecil, de mau gosto e nada construtiva. E o pior que é isso que as pessoas consomem, é isso que elas cultuam. Vejam o terrível Big Brother que começa semana que vem... Como pode um negócio desses ser exibido aqui há quase dez anos, e o pessoal ainda ficar empolgado com uma coisa dessas? Isso sem falar na total falta de criatividade dos produtores nacionais, que parecem não cogitar criar algo novo e de acordo com nossa realidade... Não... Comprar porcaria internacional é mais interessante, e garantias de uma população ainda mais bitolada e fútil.
Falando nisso, me lembrei do "Brasileiros Pocotó"; se você colocar isso no Google, vai parar na página do Luciano Pires e lá existe um comentário que vou transcrever aqui e que diz de maneira clara o ponto no qual eu queria chegar:
"Nunca fomos tão influenciados pela mídia, cuja força molda o comportamento dos brasileiros. Passamos por um momento de nivelamento por baixo da cultura, com músicas, programas de TV e de rádio que apelam para baixarias na tentativa de ganhar audiência. Quais as implicações disso? Que reflexos essa pobreza cultural traz a nosso dia a dia? Que conseqüências as empresas estão sofrendo? Como devemos agir para escapar desse nivelamento e adotar uma postura inovadora?"
Esses são meus questionamentos de hoje. O que fazer? É aterrorizante isso, sabe? São muitos os que querem que nosso país, que nossa realidade evolua, melhore, mas para isso precisamos de cidadãos conscientes, inteligentes, que adquiram o censo crítico desde cedo, que saibam reclamar seus direitos e não que fiquem se vangloriando do "jeitinho brasileiro", jeitinho esse principal responsável pela corrupção que assola este país de Norte a Sul.
Há pessoas tão hipócritas (perdoem os termos hoje) que condenam os políticos julgando-os corruptos, mas na primeira oportunidade de serem favorecidos de qualquer maneira não pensam duas vezes. Cada um se preocupa apenas com o próprio umbigo e que se dane todo o resto. Infelizmente pensamentos como esses estão longe de mudar e quem teoricamente tem poder para alavancar essa mudança não está muito interessada pois é mais cômodo e lucrativo que as pessoas permaneçam assim.
Desviando um pouco do assunto, nossa PresidentA – fica estranho, não é? Mas está no dicionário, eu procurei! – não era exatamente quem eu sonhava para primeira mulher na história do Brasil a se tornar presidente, mas vá lá, o que está feito está feito, agora é cruzar os dedos, dobrar os joelhos, fazer promessas para todos os Santos e esperar que isso resulte em algo positivo para todos.
Termino esse post com este ótimo vídeo. Vejam :) e claro.. deixem suas opiniões.. Abraços e boa semana!