De uns dias para cá eu tenho pensado o quão é interessante
essa tal de Conveniência, e como ela se aplica até mesmo sobre aquilo que
pensamos. Talvez eu seja a campeã no uso dessa ‘senhora’. Aquilo que
dá trabalho em se pensar ou é muito contraditório, convenientemente ou
automaticamente – não sei dizer ao certo –, acaba ficando em segundo plano na
hora de desenvolver raciocínios a respeito.
Mas eu estou preocupada ultimamente, é com o poder da
Conveniência e da Desconfiança sobre mim. Apesar dos pesares, eu fui ensinada a
“peneirar” tudo aquilo que me é dito, exposto e nunca ir engolindo tudo sem ao
menos um questionamento. Aí está o problema: até que ponto isso é saudável? É mesmo
necessário fazermos e pensarmos tudo com um pé atrás? E onde fica a espontaneidade
das situações? E o instinto?
Eu me lembro quando me interessei pela Logosofia; lembro-me
o quanto cresceu ainda mais meu interesse quando o livrinho que eu pedi de
brinde ao site chegou aqui em casa (eu nunca tinha pedido um brinde antes que
tivesse de fato sido enviado até mim, rs). Eu comecei a ler o livro – que até
onde me lembro dizia o tempo todo que ia dizer mais na frente do que se tratava
a Logosofia de fato, mas nunca chegava nesse ponto – e, em pouco tempo, foi
aparecendo uma desconfiança enooooorme a respeito do que estava escrito ali.
Algo como uma lavagem cerebral... Entendem? Viajei muito, agora?!
Mas a sensação era essa mesma, meus caros: La-va-gem
ce-re-bral. E eu fiquei com isso na cabeça e larguei de mão o livro (!) –
apesar das muitas coisas escritas lá fazerem sentido e eu até adotar algumas
posturas afins em minha vida. Eu fiquei com medo daquilo, do que era repetido
constantemente e chegou ao ponto de eu ficar regrando a leitura, tipo: “Muita
atenção com o que você acaba de ler... Isso serve para você?”
A história do livrinho de Logosofia é só uma das muitas que
aconteceram comigo. E não é desejando mal, mas espero que eu não seja a única pessoa
que padeça desse “mal de desconfiança”. O que me trouxe aqui hoje foi a questão
do questionar. Quando iniciei esse post falando de conveniências, foi pensando
a respeito de como muitas vezes, para nós é mais “fácil” lidar com essas
questões apenas quando convém – ou seja, quando não tem mais jeito, do que
encarar as situações de uma vez.
Felizmente ou não, todos os conceitos que adotamos em nossas
vidas passam pelo processo do “livrinho de Logosofia”: alguém diz ou escreve
alguma coisa direcionada às pessoas, nós recebemos essas informações,
arquivamos em nosso cérebro e de acordo com o andar de nossas vidas algumas
coisas se tornam mais “verdades” que outras; algumas coisas se tornam mais
certas que outras. E aí eu refaço as perguntas: como nós iremos separar o joio
do trigo? Como saberemos o que é certo e o que é errado se somos resultado de
uma série registros da vida? Vemos, ouvimos, processamos e separamos. Como
saber se estamos separando as coisas corretamente, como se deve?
Tudo o que diz respeito a auto-compreensão, é bastante complicado, as vezes cansaço nos leva apenas a nos deixar levar, ou segui o achamos conveniente, quanto ao que é certo e errado, é algo muito maior, a única pessoa que pode ou não dizer se algo é certo ou errado, é você mesma, caso contrário torna-se um julgamento, acredito sim, que fazemos muitas coisas erradas, mas ao mesmo tempo não fazemos as tais coisas erradas na intenção se fazer o mal, então meio que da uma ponderada no erro,mas é como eu já falei tudo muito complexo e pessoal, rsrs!
ResponderExcluirQuerida Viii, eu acho que tem muitas teorias que são aplicadas justamente pela lavagem cerebral. Querer fixar uma idéia que é teórica, mas não 100% confiavel. Creio que a vivencia nos faz, individualmente, tomar as proprias conclusoes sobre muitas circunstancias da vida.
ResponderExcluirBeijos
Viii - obs.: gostaria de me inscrever por email para receber suas atualizações. Deixe esta opção no seu blog, assim eu e outros amigos podemos voltar mais vezes.
ResponderExcluirBeijos