E eis que chegamos a mais um final de ano, e com ele, (como sempre) vem o período de festas. Já tem um tempo que tenho observado que minha família não comemora o Natal como eu costumo ver na Tv. A nossa ceia é uma festa. Claro, existe aquela confraternização, mas depois de um tempo as pessoas vão dançar, cantar, mas tudo isso esquecendo do verdadeiro significado desta data tão especial.
Tudo bem que isso foi uma data estipulada por alguém, que os comerciantes se aproveitam para poder vender mais os seus produtos, e que ninguém estava lá para atestar que Jesus nasceu mesmo no dia 25. No entanto deveria haver mais respeito por esse simbólico momento, deveria haver maiores reflexões... Deveriam, como eu já disse em um post anterior, perceber que tempo para ser gentil, amoroso, caridoso, e respeitoso com o próximo não se deve marcar no calendário. Esse é o tipo da coisa que devemos praticar o ano inteiro, a vida inteira!
Esse ano foi bem diferente do costume, eu tenho tentado me socializar mais e foi por isso que deixei de assistir a Missa do Galo com meu avô para aceitar o convite de minha prima para ir à uma festa de aniversário (no dia de Natal). Saí de lá com um curioso comentário/conselho de meu pai, ele me chamou de lado e disse: “Lembre-se, galinha que acompanha pato morre afogado!” e desejou-me boa noite.
Lá fui eu para a tal festa! Cheguei lá e encontrei uma mini boate instalada e ela e seus amigos começaram a dançar, - a ‘galinha’ aqui é tão empacada quanto um burro, logo, ficou sentadinha num sofá apenas tirando fotos da galera e pensando na vida - um repertório que é melhor nem comentar.
E de repente vendo aqueles jovens dançando e rebolando naquela sala, com as luzes piscando a ponto de deixar qualquer um tonto, eu me lembrei: É noite de Natal! - E olha só o que eles estão fazendo!! Não que esteja certo ou errado, quem sou eu para julgar alguma coisa. E tudo bem, é o nascimento de Jesus, temos mesmo que comemorar.... Mas tenho certeza que ao dançar aqueles funks horrorosos, ninguém estava se lembrando disso.
E dessa vez foi isso que me entristeceu. Me entristeceu porque é mais uma coisa que está perdendo o seu sentido ou a sua essência na sociedade. Todos estão reunidos porém não sabem por que vieram, por que de fato estão ali. E com o tempo tudo isso vai se perdendo. E a pergunta que não quer cessar: quem vai impedir isso? O que podemos fazer para que algo tão lindo não caia no esquecimento?
No meio daquelas músicas - que passam longe do meu computador ou do meu player portátil - eu fiquei imaginando se algum dia eu constituirei uma família e serei capaz de realizar uma ceia respeitando o que deveria ser na realidade, ir à missa e depois um jantar não apenas de confraternização, mas de respeito e louvor a Cristo....